Para conter o avanço da pandemia, principalmente após a alta de casos da variante Ômicron, os blocos e desfiles de Carnaval foram transferidos, a princípio, para abril. Ainda assim, a comemoração não deve passar em branco nos próximos dias, já que estão mantidas as festas que conseguem controlar o uso de máscaras, distanciamento social e exigência do passaporte da vacina. Mas, além dos cuidados com a Covid-19, outra questão que requer atenção nas folias é o destino dos resíduos. Após as atrações de Carnaval, é comum o lixo nas ruas, bueiros e até escorrendo pelos ralos.
“São latas de alumínio, garrafas e copos, papel, diversos resíduos de vidro e, principalmente, de plástico espalhados pelo chão. As consequências impactam diretamente na vida da população, sendo uma grande ameaça ao meio ambiente. Já no sistema de esgotamento sanitário, o problema está nos lixos descartados pelos vasos sanitários ou ralos de pias e chuveiros. O entupimento impede o escoamento adequado, gerando mau cheiro e até mesmo retorno do esgoto para dentro das residências, o que pode colaborar para a proliferação de doenças”, explica Francisco Wessner, gerente de operação da BRK em Blumenau.
Deste modo, é importante despertar a consciência coletiva de todos e lembrar de sempre procurar o descarte correto para cada resíduo. Você pode contribuir com o meio ambiente levando o próprio copo para a festa e evitando o uso excessivo de plástico. Na hora de escolher a fantasia, preste atenção nos detalhes como glitter e fitas, que desgrudam das roupas e caem nas ruas ou escorrem pelos ralos durante o banho. Por falar em glitter, o brilho e os confetes são o charme da festa, mas hoje já existem versões sustentáveis no mercado.
Lixo na rede em Blumenau
Vale lembrar que passando o Carnaval, os cuidados devem permanecer ao decorrer do ano. Em 2021, cerca de 211 toneladas de resíduos que deveriam ter sido descartados no lixo foram parar no gradeamento das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) de Blumenau. Entre eles, restos de comida, fios de cabelo, fio dental, papel higiênico, cotonetes, tecidos e sacola plástica. Essa barreira contribui para que o lixo seja destinado ao local correto e que somente o esgoto seja tratado, assegurando o retorno da água com qualidade para a natureza. “Para mudar esse índice e, inclusive, evitar que aconteçam transtornos para a população como refluxo nos imóveis e extravasamentos, é necessário que todos repensem alguns hábitos”, complementa Wessner.
Fonte: Oficina das Palavras
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