Estive nesta segunda-feira pela manhã na Câmara de Vereadores, onde o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar começaria a ouvir as testemunhas do caso envolvendo o vereador Cezar Cim (PDT), líder do governo Napoleão. Estavam previstas 5 testemunhas de defesa e a fala do denunciante, Jefferson Forest (PT). As testemunhas não apareceram, Jefferson falou rapidamente o que todos já sabem e os ex-funcionários da casa, que prestariam trabalho no escritório de advocacia de Cim, também não vieram. O promotor público aposentado apresentou os depoimentos do dois no Ministério Público, alegando que trabalham e não conseguem prestar esclarecimentos durante o horário de expediente.
O depoimento prestado ao Ministério Público não foi aceito pelo Conselho, segundo o presidente, Vanderlei de Oliveira (PT). Os dois ex-servidores deverão sim conversar com os vereadores, provavelmente a noite, de preferência esta semana. Procurei falar com Cezar Cim, mas ele disse que era investigado, que não tinha então nada para falar comigo.
Não sei o que vai dar. Os membros do conselho – Vanderlei, Becker (PPS), Jens Mantau (PSDB), Robinho (PSD) e Ivan Naatz (PDT) – podem e devem dar uma resposta á população. Pelo menos uma advertência. Parece que esta hipótese chegou a ser cogitada nos bastidores, mas Cim, que já manifestou publicamente que renunciaria caso as denúncias fossem comprovadas, não aceitou.
Enfim, tomara que não assem a pizza. Não tenho nada contra Cezar Cim, que conheço há muito tempo ( há pelo menos 20 anos) e respeito sua história. Muitas vezes aposta num discurso populista, como é o caso da devolução do salário dele na Câmara ( será que continua?) , uma caridade possível para quem já recebe um polpudo salário como promotor aposentado. O que é fato é que ele pisou na bola, colocou funcionários, uma em especial, para trabalhar para seu escritório particular com o pagamento sendo feito pelo Poder Legislativo.
Desde que foi flagrado neste episódio, o líder governista está na defensiva, o que é ruim para a administração tucana. Errar faz parte, talvez fosse melhor admitir , receber uma sanção e tocar a vida em frente. Negar, empurrar com a barriga, tem sido pior.
PS: Que o atual emprego dos seus ex-servidores sirva de inspiração. Pois lá não conseguem sair nem para uma atividade importante, que é dar explicações para o povo de Blumenau,
Acho que existe um equivoco na notícia, ele não devolve o salário para a Câmara de Vereadores, mas sim doa para entidades que ele escolhe.
Isso por si só já poderia ser considerado compra de votos, ou não? O correto, caso fosse do interesse dele, seria realmente renunciar ao salário. Não sei como o MP não enxerga isso.
Creio que ele está com os dias contados. Seria pertinente informar quem é o seu suplente.