Caso Elza Pacheco: a serenidade como tem que ser

Depois de muita polêmica, nesta terça e quinta-feira acontece o encerramento do Festival de Cinema, um projeto pedagógico tradicional da escola estadual Elza Pacheco. Todo o ano os alunos escolhem um tema e o deste ano foi diversidade: cultural, religiosa e de gênero.

A palavra gênero acendeu uma luz moralista na Câmara Municipal, que aprovou uma moção de repúdio sem conversar com a comunidade escolar envolvida, expondo todos de forma desnecessária.

Felizmente o evento está mantido e será como deve ser. Um evento pedagógico, onde os interessados são os alunos, pais e professores. Assim, a escola e a ADR de Blumenau emitiram notas, com o mesmo encaminhamento, restringindo a participação externa nas palestras previstas para estes dois dias. Somente os estudantes poderão participar.

E quem quiser assistir o evento, pode acompanhar ao vivo pelo Facebook da escola.

Parabéns.

Aqui cabe um reconhecimento público ao secretário executivo da ADR Blumenau, Emerson Antunes, que ficou entre a cruz e a espada, recebeu algumas críticas (inclusive do Informe), mas construiu uma saída que preservasse a escola, mas melindrando o mínimo possível a Câmara Municipal.

Confira nota oficial da escola, que é praticamente igual a da ADR.

Nota sobre o Festival de Cinema Elza Pacheco – 2017

Informamos que buscando zelar pelo caráter político-pedagógico do evento e pela segurança de estudantes, professores (as) e palestrantes, decidimos pela realização fechada do evento, com a presença exclusiva dos (as) estudantes de nossa escola, que possuam interesse em participar. Ao mesmo tempo, disponibilizaremos através da plataforma Facebook – na página oficial da escola – a transmissão em tempo real das palestras, a fim de permitir que todas as pessoas interessadas sejam atendidas e legitimando a lisura de todo o processo pedagógico empreendido.