Por Fernando Krieger, estudante de Filosofia e colaborador voluntário *
Para quem pensava que depois do impeachment estava tudo acabado, Michel estaria tranquilo como presidente do Brasil, enganou-se.
Ontem, dia 15, o ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Herman Benjamin liberou para julgamento, o processo que pode levar à cassação do mandato do presidente Michel e ainda deixar a ex-presidente Dilma inelegível por oito anos.
Agora só falta o Gilmar Mendes agendar o julgamento da ação, para que os sete ministros da Corte decidam, o que provavelmente vai acontecer na próxima semana, Gilmar Mendes está na Rússia participando de uma conferência sobre as eleições na Europa.
Lembrando que a ação foi protocolada pelo PSDB, logo após as eleições de 2014.
O mesmo PSDB que hoje apoia o governo Temer.
Quem iria adivinhar não é?
A ação afirma que a campanha de Dilma e Michel teria praticado uma série de irregularidades, por exemplo, recebimento de recursos irregulares de empresas que participaram da sujeira com a Petrobrás.
O julgamento da ação já foi adiado em abril, quando o TSE entendeu que mais testemunhas seriam ouvidas, entre elas o marqueteiro João Santana, que participou da campanha em 2014.
A defesa de Dilma afirma que não foram praticadas irregularidades, e que os delatores mentiram ao TSE.
Já a defesa de Michel diz que não há atos do então vice que o relacionem às supostas irregularidades.
No caso é Dilma defendendo o todo, e não tem outro meio, e Michel defendendo o seu.
O fato é que se a chapa for condenada, Dilma e Michel se encontrarão novamente, mas agora para morrerem abraçados (politicamente falando, claro).
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Tomara que morram abraçados, mesmo!
Há quem diga que se deveria preservar o Temer em nome de uma tal de “governabilidade”.
Não concordo.
Por quê?
Porque não se deveria anistiar inadimplentes de qualquer espécie, salvo raríssimas exceções.
Anistiar inadimplentes de qualquer espécie incentivará espertos de plantão que estarão aguardando benesses futuras.
Anistiar inadimplentes de qualquer espécie representa um fortíssimo tapa na cara dos que agem civilizadamente.
Preservar o Temer é apostar no errado. É continuar errando. É errado.
Um país somente se consolidará se fortes forem as suas instituições: errou, pagou!
Não há mágica!
Alcino Carrancho,
(O Sábio)
Verdadeira orgia ….falta-lhes dignidade e caráter .