A decisão da Prefeitura e Reitoria da FURB de não pagar o reajuste da alíquota suplementar especial do ISSBLU, o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais, está gerando muita tensão entre os sindicatos Sintraseb e Sinsepes e os entes patronais.
O reajuste 10% para 14,72% havia sido aprovado pelo Conselho de Administração em março, após a apresentação do cálculo atuarial prevendo um déficit até o final do ano na ordem de R$ 3,19 bilhões, aponta o Sintraseb. O sindicato alega que a eleição novo do Conselho no final de maio, com perfil não atrelado ao Governo, teria feito a Prefeitura apressar o pedido de manutenção da alíquota.
Será votado nesta terça-feira, 8, numa reunião extraordinária que foi indeferida pela presidente do Conselho Elsa Bevian na última sessão do dia 31, alegando que o documento com o pedido deveria ter sido protocolado com no mínimo oito dias de antecedência, exigência prevista no regimento. Mesmo indeferida, será realizada graças a maioria governista do atual conselho, que será mudado no dia 24 de junho, que garantiu os votos para a reunião, independente da decisão da presidente.
Por conta do que chama “manobra”, o Sintraseb está convocando os servidores, ativos e aposentados, para irem a sede do ISSBLU para estar na sede do ISSBLU nesta terça e promete barulho.
Em documento assinado pelo prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), a Prefeitura resolveu dar uma de “migué” para tentar minimizar a manifestação do sindicato.
Em ofício ao presidente do ISSBLU, manifestou “preocupação” com o eventual descumprimento de medidas sanitárias: “solicito a Vossa Senhoria atenção no sentido de adotar as medidas que asseguram a adequada condução dos trabalhos…sobretudo em relação aos protocolos sanitários vigentes”.
E termina afirmando que uma equipe da Vigilância Sanitária estará no local, para ajudar a fazer cumprir o que determina o decreto estadual vigente, lembrando que até a força policial pode ser chamada em caso de descumprimento. Para quem acha que é exagero, leia aqui:ISSBLU n311 (1)
Recentemente, pelo efeito cascata da reforma da Previdência, os servidores tiveram sua alíquota de contribuição reajustada de 11% para 14%. Desde e por conta da pandemia, estão com os salários congelados, como muita gente no Brasil a fora.
Desde que surgiu, o ISSBLU sofreu e sofre calote do Patronal, passando pelos prefeitos Décio Lima (PT), João Paulo Kleinübing (DEM), Napoleão Bernardes (na época PSDB) e agora Mário Hildebrandt (Podemos). Mas que vem de antes, Renato Vianna (MDB) e Victor Sasse. Políticos e partidos diferentes, práticas administrativas semelhantes quando diz respeito aos servidores.
Parabéns pela cobertura!
Parabéns pela informação precisa]
Tema de grande importância para a vida dos trabalhadores.
Tratado em grande parte com descaso