Por que o teste é realizado?
Segundo o coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, Rafael Azevedo, o teste de segurança da urna foi criado para poder aprimorar o processo de desenvolvimento dos sistemas eleitorais.
“A cada biênio, acaba a eleição e começamos a desenvolver os sistemas para a eleição seguinte. No meio desse processo, nós fazemos esse teste da urna para poder verificar se há algum tipo de vulnerabilidade, a gente faz isso de forma pública”, disse Azevedo em entrevista à CNN.
Como o teste é feito?
As pessoas interessadas, que podem ser “qualquer brasileiro acima de 18 anos”, inscrevem-se para poder apresentar um plano de testes, explicou Azevedo.
“Seria também um plano de ataque para tentar vulnerabilizar de alguma forma a urna eletrônica, o processo de votação”, disse. “Isso ocorre com dois objetivos principais: ou ele tenta quebrar o sigilo do voto ou tenta adulterar a integridade, ou seja, colocando, tirando ou alterando votos”.
Se o investigador “encontra alguma vulnerabilidade, alguma coisa que possa ser melhorada”. “Pela resolução que definiu esse teste, ele também deve propor uma solução. E aí você pode acatar essa solução, pode dar sua própria solução”.
Em maio do ano que vem, cinco meses antes do período eleitoral, será realizado um novo teste para verificar se os possíveis problemas encontrados foram sanados ou se o teste foi proveitoso, comentou o coordenador.
Quais componentes são avaliados?
Entre os componentes que serão testados estão:
– gerenciador de dados;
– aplicativos;
– interface com a urna eletrônica (Gedai-UE);
– software básico da urna eletrônica;
– software de carga (SCUE);
– gerenciador de aplicativos (GAP);
– software de votação (Vota);
– recuperador de dados (RED);
– sistema de apuração (SA);
– sistema transportador;
– REc arquivos;
– Subsistema de Instalação e Segurança (SIS);
– Kit JEConnect; e
– Verificador Pré-Pós Eleição (VPP).
Quais urnas serão utilizadas?
No teste de 2023, serão utilizadas os modelos mais novos de urnas, as UE 2020 e 2022. No último evento, em 2021, foram usados os modelos UE 2015.
Os equipamentos de 2020 e 2022 são praticamente idênticos, contando com novos recursos de acessibilidade e novidades em termos de segurança, transparência e agilidade.
As urnas tiveram a capacidade de processamento aumentada em 18 de vezes, ganharam tela sensível ao toque no terminal do mesário e tiveram o perímetro criptográfico do hardware de segurança certificado com base nos requisitos da Infraestrutura Pública de Chaves Criptográficas (ICPBrasil).
Fonte: CNN Brasil
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