O deputado estadual Jean Kuhlmann (PSD) fez o que se se cobrava de nossas lideranças políticas. Tomou a frente para tentar resolver o impasse que envolve os índios de José Boiteux e a barragem norte, fora de operação desde 2015. Acompanhado do prefeito de José Boiteux e do secretário executivo da ADR de Rio do Sul, foi ouvir o que os índios tinham para dizer.
Foi o primeiro passo, o que permitiu que os índios autorizassem que técnicos da empresa que presta manutenção das barragens entrassem na casa de máquinas e constatassem os problemas, que se concentram na parte elétrica, que afeta o painel de controle.
“Tem que ser feita uma reforma completa. Mas é possível operar, provisoriamente, com um motor externo a diesel”, afirmou o deputado, em caso de nova emergência.
“Mas dependerá da continuidade do diálogo com os índios”, complementa Kuhlmann, que destaca que eles reivindicam o cumprimento de um acordo assinado em outubro de 2015, com 11 cláusulas, a maioria não cumprida.
Entre elas, a construção de oito casas e a infraestrutura em todas as 35 – hoje são 27 casas, sem estrutura de água, esgoto e energia elétrica; o estudo de impacto ambiental; a demarcação das terras e a construção de vias internas. “Quando a barragem enche, eles são obrigados a dar uma volta de 22 quilômetros para chegar a comunidade”, constatou o deputado.
Nestas reivindicações, as pendências do Governo do Estado são as casas e a infraestrutura nelas. As demais são da União e aí há um problema, pela falta de interlocutores. Jean Kuhlmann promete mobilizar os deputados federais e senadores catarinense e até o governador Raimundo Colombo para abrir esta conversa com o Governo Federal.
Ou seja, não há nada de concreto. Mas se abriu um canal de diálogo, que precisa ser mantido. Hoje mesmo o deputado promete fazer uma conversa com o secretário de Defesa Civil do Estado, Rodrigo Moratelli, e depois com um dos caciques líderes do movimento. Ele disse que, se isso for feito, existe inclusive a possibilidade de colocar o motor externo na próxima semana, caso venha a chuva prevista. Mas aí os indios precisam ver a boa vontade dos Governos
A visita da comitiva foi acompanhada por agentes da Polícia Federal.
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