O ex-reitor da FURB, ex-secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, presidente do Conselho Nacional da Educação, está na Inglaterra onde participa de uma reunião promovida pelo Governo Britânico para discutir a educação profissional com vários países do mundo.
De lá ele leu a notícia dada em primeira mão pelo Informe Blumenau, sobre a intenção da Prefeitura de receber no seu caixa os recursos do imposto de renda retido na fonte de servidores e professores da FURB, cerca de R$ 13 milhões anuais. Relembre aqui.
Me mandou uma mensagem via Whatsapp. Lembra que o acordo que permitiu a Universidade ficar com os recursos sempre existiu. “…devemos levar em conta a contribuição da universidade para o desenvolvimento da cidade ao longo de sua existência”, diz Deschamps.
Frisa que a falta do repasse pode quebrar a universidade e a conta acabará ficando com a Prefeitura. Pede entendimento entre as partes, lembrando que a partir de 2019 assume um novo reitor ou reitora.
Confia que o prefeito Mário Hildebrandt (PSB) irá rever a posição.
Segue a mensagem, que tem caráter pessoal. Mas como ele autorizou, reproduzo-a na íntegra.
“Alexandre, estou na Inglaterra em uma reunião promovida pelo Governo Britânico onde estamos discutindo educação profissional com vários países do mundo e desenhando, por meio do Prosperity Fund, um programa de apoio à educação no Brasil com recursos do Reino Unido.
Li com preocupação a notícia de que a prefeitura notificou a Furb sobre os recursos do IR dos servidores. Antes até do meu período como reitor sempre existiu um acordo entre a universidade e a prefeitura sobre permitir que a Furb utilizasse estes recursos na manutenção de um ensino superior de qualidade em Blumenau. O valor é importante para a FURB e devemos levar em conta a contribuição da universidade para o desenvolvimento da cidade ao longo de sua existência. A cooperação entre FURB e prefeitura sempre foi um fator decisivo para que o ensino superior se tornasse um dos pilares do espírito empreendedor que move Blumenau como uma das economias mais dinâmicas do Brasil.
Assim, tenho certeza de que o Prefeito Mário Hildebrandt, que quando secretário de assistência social do município na tragedia de 2008 (quando eu era Reitor) teve na FURB uma grande parceira no atendimento dos desabrigados e na recuperação da cidade, irá rever a notificação. Há muitas formas de parcerias por meio das quais a Universidade pode contribuir ainda mais com a prefeitura do que com o repasse destes recursos.
Um abraço.”
Essa Furb quando lhe interessa vem com essa conversa de ser pública, servir a comunidade, etc, mas “ranca o couro” dos alunos cobrando mensalidades altíssimas, taxas para tudo … Por outro lado oferece um ensino defasado, com professores que pararam no tempo e recebem altíssimos salários. Porque eu, contribuinte, tenho que pagar essa conta?
Caro José, entendo sua indignação, porém faço uma ressalva: a FURB não recebe recursos da Prefeitura de Blumenau. A FURB é pública, porém é mantida com recursos advindos das mensalidades dos cursos de graduação, dos cursos de pós-graduação, da prestação de serviços etc.
Em resumo, a FURB é pública mas não é mantida com dinheiro do contribuinte, não é mantida com dinheiro de impostos.
Essa preocupação não precisas ter.
Um abraço.
Caro André, se não recebe dinheiro público, mais um motivo para devolver essa grana.
Outra caixa preta de Blumenau ….A Furb é mantida pela mensalidade dos estudantes , então
porque é pública ?
Concordo com voce, Sr Rubens, coisa mais ridicula a instituicao se dizer publica e cobrar mensalidade. Coisas desse brasil de merda, que nem letra maiuscula merece.