Contraponto: Furb emite nota sobre artigo publicado no Informe Blumenau

Foto: divulgação/FURB

Algumas pessoas procuram o Informe Blumenau para fazer apontamentos sobre a Coluna Notas de Domingo, escrita pelo jornalista Tarciso Souza, que no último final de semana tratou sobre a FURB e as eleições. Algumas se manifestaram nos comentários, outros via whats, entre elas algumas ligadas a Reitoria.

De forma democrática, sempre abrindo para todas as visões, avisamos que o espaço para o contraponto estava aberto e recebemos uma Nota Oficial da Reitoria. O principal questionamento feito ao artigo é sobre a forma de financiamento da Universidade Regional de Blumenau.

As colunas de opinião no Informe Blumenau são escritas de forma voluntária e com total independência. Não fazemos censura aos colunistas e colaboradores, o que não quer dizer que concordamos sempre, apesar de valorizar quem contribui com nosso portal.

Publicamos abaixo a íntegra da nota enviada pela FURB e aqui pedimos desculpas por eventuais incômodos que o texto possa ter causado.

A Universidade Regional de Blumenau, a nossa FURB, nasceu em maio de 1964, de um movimento da comunidade do Vale do Itajaí interessada em dispor, localmente, de ensino superior de qualidade, sem precisar se deslocar para a capital do Estado, onde, quatro anos antes, em dezembro de 1960, nascia a UFSC.

Primeira instituição de ensino superior do interior de Santa Catarina, a Fundação Universidade Regional de Blumenau desde 1996, tornou-se autarquia pública municipal, concursando técnicos administrativos e docentes, com estatuto próprio e incorporados ao Instituto Municipal de Seguridade Social do Servidor Público de Blumenau (ISSBLU).

Mesmo sendo pública municipal, a FURB não depende do orçamento da prefeitura e cabe à própria Universidade a sua manutenção. Assim, a FURB se mantém por meio da cobrança de mensalidades – autorizada pela Constituição Federal – e outras fontes de financiamento, como bolsas de estudo, pesquisa e extensão financiadas pelo Estado e outras agências de fomento.

Em sua infraestrutura soma mais de 240 laboratórios, alguns exclusivos no Estado e referência na América Latina.
Tem autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, nos termos do art. 207 da Constituição Federal e da pertinente legislação nacional de ensino. Com o enorme desafio de manter e ampliar o
acesso ao ensino superior de qualidade, investe em trajetórias possíveis, como a federalização.

Atualmente, tramita projeto para a criação da Universidade Federal do Vale do Itajaí, a partir da estrutura da FURB, pela qual amplia-se muito a oferta de ensino superior gratuito e de qualidade, o que traz impactos no mercado regional, contribui com a inovação e tecnologia, por meio de projetos de pesquisa, e atende necessidades da sociedade, com a promoção e realização de projetos de extensão, além de promover a qualificação profissional e o consequente impulso em outras atividades de serviços, principalmente os técnicos especializados.

Em 2020, em plena pandemia de Covid-19, a FURB prestou 15.855 atendimentos em saúde, 6.780 pessoas foram atendidas na área de educação; 500, na área tecnológica e 1.957 receberam atendimento jurídico gratuito. Realiza 291 projetos de pesquisa e já formou mais de 2.500 mestres e doutores. Números que tendem a crescer exponencialmente com o incremento de alunos e verbas federais.

Federalizar, estadualizar ou mesmo privatizar a FURB são ações que requerem muita responsabilidade, muito trabalho e muito envolvimento das classes empresarial e política.

Os seus 58 anos de história carregam as lutas da comunidade e, em períodos eleitorais como o que estamos vivendo, algumas vozes amplificam as necessidades e benefícios de uma universidade federal do Vale do Itajaí. Não nos cabe julgar, mas apoiar as iniciativas que buscam o mesmo ideal: ensino superior público, gratuito e de qualidade, acessível à população regional.

Manifestaram apoio à federalização por meio de cartas e ofícios, a Associação Empresarial de Blumenau (Acib); Associação Médica de Blumenau (AMBL); Associação de Micro e Pequenas Empresas (AMPE); Associação dos Municípios do Vale Europeu (AMVE); Associação dos Professores da FURB (APROF); Associação dos Servidores da FURB (ASEF); Associação de Imprensa do Vale do Itajaí (Assimvi); Associação dos Economistas de Blumenau; Câmara de Vereadores de Blumenau; Câmara de Vereadores de Gaspar; CDL Blumenau; Conselho de Educação de Blumenau; Conselho Regional de Economia (Corecon/SC); Conselho Regional de Enfermagem (COREN); Conselho Regional de Administração (CRA); Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC); Conselho Regional de Educação Física de Santa Catarina (CREF 3); Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito 10); Diretório Acadêmico Clóvis Bevilaqua (Daclobe); Centro Acadêmico de Medicina; Diretório Central dos Estudantes (DCE/FURB); Fórum dos Trabalhadores; Intersindical; OAB Blumenau; Sindicato dos Servidores Públicos do Ensino Superior de Blumenau ( Sinsepes); União Blumenauense das Associações de Moradores (Uniblam).
Deputados catarinenses, Ismael dos Santos, Ivan Naatz, Laércio Schuster e Ricardo Alba também manifestaram apoio ao movimento.

Cartas de apoio também foram encaminhadas pelos prefeitos Arão Josino da Silva, de Ascurra; Kleber Wan-Dall, de Gaspar; Valmir Zirke, de Guabiruba; André Moser, de Indaial; Ércio Kriek, de Pomerode; Valcir Ferrari, de Rodeio e
Jorge Stolf, de Rio dos Cedros.

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