Covid-19: vidas ou economia, economia ou vidas. O que queremos para o futuro?

Nenhum país está preparado para o que estamos vivendo agora e o que muda é o tempo de resposta para enfrentar o inimigo invisível que tem o nome de Covid-19. No Brasil, a resposta das autoridades, em todos os níveis, tem sido aplaudidas pela forma preventiva de tentar evitar que milhares de pessoas se dirijam aos hospitais no mesmo momento, gerando um caos no sistema de saúde como um todo.

Com exceção do presidente, as principais autoridades falam a mesma língua, da necessidade do isolamento social radical: ministro da Saúde Mandetta, secretário de estado da Saúde Helton, secretário municipal da saúde Winnetou Krambeck, além do prefeito Mário Hildebrandt e do governador Carlos Moisés.

Santa Catarina foi um dos primeiros estados a adotar medidas restritivas duras, como a suspensão de serviços não essenciais e do transporte de passageiro, além da suspensão das aulas.

Passada quase uma semana, estas medidas são avaliadas como positivas do ponto de vista da saúde pública, mas passam a ser questionadas pelos desdobramentos econômicos que pode acarretar o país, visto que a previsão é que persista entre três e cinco meses.

É certo que o Brasil – e o mundo – enfrentará nova recessão, mas o tamanho dela depende muito do tempo parado e o consequente tamanho do prejuízo.

E muitos questionamentos começaram a chegar sobre a necessidade desta ação realmente drástica, de impedir atividades produtivas consideradas não essenciais. Gente conhecida, entre elas o empresário Roberto Justus, defende que o melhor seria um isolamento dos grupos de risco e que a proibição das atividades colocará o pais num buraco maior que o esperado.

Ele e quem concorda tem razão também. Empresários, trabalhadores, empreendedores, terceirizados e informais estão já sentido na pele os efeitos da medida que mal começou, imagina se prosseguir até setembro, como dizem alguns.

O tombo promete ser sem precedentes.

Mas, se liberar e tivermos um surto da doença concentrada num mesmo período, provocando a morte de milhares de pessoas pela dificuldade de serem atendidas no sistema de saúde. Sim, muita gente deve morrer de qualquer jeito, mas uma morte não pode ser colocada apenas como um número de estatística e minimizada.

Não é tarefa fácil a decisão que autoridades devem tomar. Eu, pessoalmente, tenho mais medo do futuro do que de agora, mas prefiro acreditar nas autoridades da saúde, sabendo que talvez eles e eu estejamos errados.

 

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