A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Respiradores da Assembleia Legislativa tomará mais dois depoimentos na reunião desta terça-feira (23), a partir das 17 horas. E nunca a transferência foi tão providencial, pois entre os depoentes está o empresário Samuel de Brito Rodovalho, representante da Cima Industries Inc. Medical Division (empresa fornecedora de respiradores).
O empresário foi citado no depoimento de Rafael Wekerlin, CEO da Brazilian International Business. Conforme Wekerlin, Rodovalho questionou, em conversa de Whatsapp, sobre como ficaria o pagamento de uma comissão de R$ 3 milhões que teria sido pedida por uma pessoa, pela negociação dos 200 respiradores com a Secretaria de Estado da Saúde (SES). A Cima, empresa representada por Rodovalho, seria a fornecedora dos equipamentos, que viriam da China e seriam importados pela empresa de Wekerlin.
Além disso, Samuel é o nome que aparece nas revelações desta segunda-feira da Força Tarefa citando o governador, o que ajudou a levar o processo para o STJ, lembre aqui.
Ele deporia na reunião da última quinta-feira (18), por meio de videoconferência. Mas como estava no escritório de seus advogados, em Florianópolis, o relator da CPI, deputado Ivan Naatz (PL), apresentou requerimento para que a oitiva fosse presencial. Rodovalho citou que pediu para participar pelo vídeo em função da gravidez da esposa. No entanto, os membros da comissão aprovaram o requerimento de Naatz.
O outro depoimento desta terça será do controlador-geral do Estado, Luiz Felipe Ferreira. Ele foi ouvido pela CPI no dia 21 de maio, mas foi novamente chamado a pedido o relator. Naatz argumentou que, em recente entrevista, Ferreira apresentou informações que poderão colaborar com as investigações da comissão criada pela Alesc para apurar a compra dos 200 respiradores junto à Veigamed com o pagamento antecipado de R$ 33 milhões.
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