O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), é esperado para ser ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro nesta terça-feira, 11, a partir das 9h.
Inicialmente, Cid prestaria depoimento na semana passada, mas a audiência foi adiada em meio ao esforço da Câmara dos Deputados em focar sua agenda na aprovação da reforma tributária e das alterações nas regras do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) antes do recesso parlamentar.
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou Cid a ficar em silêncio durante seu depoimento e ele não precisará falar sobre fatos que possam incriminá-lo. Porém, ele foi obrigado a comparecer à CPMI e não poderá faltar.
No celular do ex-ajudante de ordens, a Polícia Federal encontrou mensagens com outros militares que planejavam um possível golpe de estado. Entre os interlocutores, estava o coronel Jean Lawand Junior, que cobrava Cid para que fosse colocado em prática um plano, em oito etapas, para que as Forças Armadas assumissem o comando do país diante da derrota de Bolsonaro nas urnas.
Desde que foi preso, no início de maio, o tenente-coronel já foi ouvido seis vezes pela Polícia Federal. Mas o depoimento na CPMI vai ser diferente dos demais, já que esta será a primeira vez que o ex-ajudante de ordens prestará depoimento em público.
Cid foi preso por suspeita de participação em um suposto esquema de fraude em certificados de vacinação durante a pandemia de Covid-19. Ele também é investigado em outros dois inquéritos que apuram o envolvimento dele nos atos de 8 de janeiro e no caso das joias recebidas pelo governo Bolsonaro da Arábia Saudita.
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