Os partidos políticos estavam num corre corre para filiar o maior número de pessoas possíveis para eventuais candidaturas em 2016. O prazo final era sexta-feira próxima, mas um decreto do Governo Federal publicado no diário oficial da União dessa terça, 29, estendeu esta possibilidade para seis meses antes do pleito, abril de 2016. Ou seja, o jogo de especulações vai prosseguir.
O que aconteceu nos últimos dias foi uma profusão de filiações de eventuais candidatos a prefeito no discurso, mas na prática colocam o nome para compor chapas majoritárias ou buscarem algum tipo de espaço eleitoral. É normal, afinal barganhar faz parte da vida e , muito mais, das coisas da política.
O presidente da Câmara Municipal, Mário Hildebrandt, filiou-se ao PSB nesta quarta, 30. Na segunda-feira, Alexandre José assinou ficha no PRB. Dalto dos Reis e Jovino Cardoso Neto estão agora no PMDB, que tem também os nome do reitor João Natel e do secretário Paulo França. O empresário Ronaldo Baumgarten Jr e o secretário de Educação do estado Eduardo Deschamps cerraram fileiras no PSD, de João Paulo Kleinübing, Jean Kuhlmann e do governador. Lá atrás Marcelo Lanzarin assinou ficha no PR e o presidente do Sihorbs, Emil Chartouny Neto, carimbou sua entrada no PTB.
Quem não anunciou nome novo e ainda perdeu seu principal líder, foi o PT. A versão oficial é que Jefferson Forest é pré-candidato. Ivan Naatz, do PDT, é candidatíssimo, apesar de Roberto da Luz falar que pode vir a colocar o nome para a disputa. Arnaldo Zimmermann , do PCdoB, também colocou o nome na roda. A ativista social Georgia Faust também ensaia uma candidatura mais à esquerda, pelo PSOL.
Com esta prorrogação, o tabuleiro eleitoral pode ter novas jogadas. O único nome definido para ser candidato a prefeito é o de Napoleão Bernardes. Certamente teremos uma ou mais candidaturas nitidamente de oposição, como Naatz, o PT e até o PSOL que tem a possibilidade de trazer uma novidade para a política. Farão um contraponto importante para a democracia, o que não significa votos.
Resta saber a capacidade de Napoleão e do PSDB aglutinar as forças que orbitam em torno da administração pública para entender o tamanho do problema. Se conseguir, emplaca mais um mandato fácil, fácil. Agora se o PSD, PSB e o PMDB colocarem o bloco na rua, aí a situação complica um pouco para os tucanos.
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