Em visita ao Rio de Janeiro, o presidente do Sebrae, Décio Lima (PT), esteve na Rocinha, considerada a maior favela do país, para visitar o projeto Comunidade Sebrae. Mais de 70 pessoas da comunidade estiveram presentes para discutir saídas de geração de emprego e renda por meio do empreendedorismo. O programa está atualmente em 18 favelas, totalizando mais de 100 comunidades e já realizou mais de 31 mil atendimentos, com foco em oferecer oportunidades para uma economia competitiva, inclusiva e sustentável.
O empresário Carlos Pedro da Silva, um dos fundadores da empresa Carteiro Amigo, conta que há 21 anos trabalha com o Sebrae no Rio de Janeiro. A empresa é responsável na distribuição e digitalização de postagem e entregas nas favelas da capital carioca, “com a orientação do Sebrae conseguimos otimizar o tempo, o espaço, conseguimos mudar o local da loja. Tudo isso representou uma grande mudança na rotina do nosso negócio”, destaca. A Carteiro Amigo trabalha conectando moradores das comunidades.
Décio Lima esteve no Rio para uma série de agendas do projeto Sebrae Pelo Brasil, que tem promovido o estreitamento das relações com os Sebrae nos estados, e também para o conhecimento in loco dos desafios dos empreendedores nas diferentes localidades do país.
Mais cedo, Décio visitou o Centro de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), onde abriu o 1º Evento Internacional de Indicações Geográficas do Artesanato — Origens Brasileiras. Pela primeira vez, artesãos de todo o país que receberam o reconhecimento de “Indicação Geográfica” se reuniram com representantes nacionais e estrangeiros para divulgar a produção nacional e trocar experiências e desafios. No Brasil, as Indicações Geográficas são concedidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O artesanato ultrapassa o valor econômico, é uma “expressão da alma, é a demonstração da paixão pela realização”. Assim o presidente do Sebrae, Décio Lima, descreveu o segmento, que envolve cerca de 8 milhões de artesãos pelo país.
Hoje, os pequenos negócios representam 99% dos empreendimentos do país, respondendo por quase 30% do PIB e 54% dos empregos formais, além disso mais de 85 milhões de brasileiros são beneficiados pelos pequenos negócios. Esse contingente é maior que a população de países como França, Reino Unido, África do Sul e Argentina.
Be the first to comment