A Defesa Civil de Santa Catarina obteve autorização do Ministério Público Federal para realizar os reparos necessários na comporta da barragem de José Boiteux, localizada na terra indígena Xokleng, no Alto Vale do Itajaí. Com esta autorização, a equipe pode dar início ao processo de restauração, fundamental para evitar enchentes na região. O cronograma para o início das obras será definido nos próximos dias.
A autorização do MPF permite que a Defesa Civil desmonte a estrutura da comporta danificada para inspeção detalhada e transporte para uma oficina especializada, onde a extensão dos danos será analisada e as medidas de reparo determinadas.
A barragem, a maior de contenção de cheias em Santa Catarina, apresenta problemas na comporta desde o final de 2023, depois das fortes chuvas que atingiram a região. “Nosso objetivo é garantir que a barragem esteja totalmente funcional, assegurando a proteção das comunidades que dependem dessa estrutura”, afirmou o secretário de Defesa Civil de Santa Catarina, Fabiano de Souza.
Ano passado, quando várias enchentes atingiram o Vale do Itajaí de setembro a novembro, um pequeno grupo de pessoas, liderado pelo vereador Carlos Wagner, o Alemão (PSD), foi até o local e fechou as duas comportas da barragem. Mas, depois que a chuva parou, apenas uma foi reaberta, pois a outra emperrou.
A Defesa Civil de Santa Catarina promete que continuará em diálogo com a comunidade indígena Xokleng e o MPF para garantir que todo o processo seja transparente e respeitoso com a cultura local. Esse compromisso visa assegurar que as operações não interfiram na integridade do território indígena.
A barragem de José Boiteux é crucial para o controle das cheias na região do Vale do Itajaí, com capacidade para até 357 milhões de metros cúbicos de água. A estrutura tem o volume equivalente ao dobro do limite das outras duas barragens na região, em Taió e Ituporanga. A expectativa é que, com o início das obras de reparo, a estrutura recupere sua capacidade de operação plena, proporcionando mais segurança para as populações vulneráveis da região durante a temporada de chuvas.
Fonte: da redação, com informações da ACN
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