A deputada Paulinha (sem partido) foi citada na coluna do jornalista do UOL, Leonardo Sakamoto, que num texto primoroso “ Julgadas pela roupa, não por ideias”, contextualizou o machismo velado que insiste em estar presente na sociedade contemporânea, em especial na política. Situação que não é apenas nacional, mas mundial.
No olhar das jornalistas Mayra Cotta e Thais Farage*, especial para a coluna de Leonardo Sakamoto, “ Não importa a ideologia ou partido político das milhares de mulheres que se candidatarão a cargos públicos no ano que vem, parte dos desafios que enfrentarão serão materializados nos ataques à forma como escolhem as suas roupas”.
Para as autoras, independentemente de quanto poder uma mulher tenha, ela será sempre lembrada que não pertence àquele lugar através de ataques à forma como se veste. “ No mundo do trabalho em geral, e na política institucional em especial, a roupa das mulheres está permanentemente inadequada, como uma expressão concreta de um recado que nos é transmitido: que não pertencemos a esses espaços”.
E cita casos que aconteceram até com a chanceler alemã Angela Merkel, quando a Alemanha se escandalizou com o vestido decotado dela em 2008. Ela foi à ópera com um vestido decotado e este evento se tornou um escândalo de grandes proporções. Pelas reações, uma senhora de mais de 50 anos, à frente de uma das maiores economias do mundo, estava autorizada a definir os destinos da União Européia, mas proibida de aparecer publicamente mostrando seu colo.
No Brasil, a deputada Paulinha é citada pelo mesmo motivo. “ Precisamos entender por que o corte de cabelo de Manuela D’Avila foi assunto largamente comentado durante as últimas eleições para a prefeitura de Porto Alegre. Se a nossa intenção é que nunca mais seja eleito presidente quem disse que não estupraria uma mulher porque ela era feia, precisamos entender por que o decote da deputada estadual Paulinha foi o assunto mais comentado nas redes a respeito da posse da última legislatura de Santa Catarina. Se nos causa revolta o assédio sexual flagrado em câmera e ainda assim impune, precisamos entender por que um deputado federal se sentiu confortável o suficiente para perguntar a Tábata Amaral quem ela queria provocar com o batom vermelho”.
A reflexão é importante visto que faltam praticamente um ano para às eleições 2022.
A Foto da matéria mostra que a deputada não esta se vestindo de acordo com o ambiente que frequenta . Existem roupas e roupas para serem usadas . A assembleia legislativa não é lugar para ir com um decote como esta na foto . Respeito a ela e a seus pares . Pudor e bom senso .