Ana Paula Dahlke
Estudante de jornalismo
É comemorado hoje, 3 de maio, o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa.
Criada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), em 1993, a data oficializa o direito dos profissionais do campo da comunicação em investigar e publicar informações e acontecimentos livremente, buscando combater a censura nos jornais, rádios, televisão e internet.
No Brasil e no mundo, segundo dados do FIJ – Federação Internacional dos Jornalistas – a violência contra os profissionais da comunicação ainda persiste no que chamamos “tempo de democracia”. Dados sobre jornalistas assassinados no exercício da profissão, por exemplo, prova que não vivemos no ideal democrático e que ainda estamos sob domínio de quem não respeita opiniões antagônicas. Segundo relatórios do FIJ, nos últimos cinco anos pelo menos 16 assassinatos de jornalistas foram registrados enquanto trabalhavam. Só em 2015, foram contados 109 jornalistas assassinados em 30 países. E somente uma em cada dez mortes de jornalistas no mundo é investigada.
Os relatórios são divulgados no site da Fenaj anualmente com o objetivo de consolidar um jornalismo livre através da defesa da liberdade de imprensa e expressão. “A FENAJ e os Sindicatos dos Jornalistas dizem não à intolerância, ao autoritarismo, à prevalência de interesses privados em detrimento do interesse público no Jornalismo e a qualquer forma de violência contra a categoria”, descreve o atual presidente Celso Augusto Schröder.
Além do índice de assassinatos, a federação divulga dados de ameaças, agressões físicas e verbais, censura, autocensura, e também, traz os números relacionando outros profissionais da comunicação como radialistas, blogueiros e comunicadores populares.
O levantamento anual é encaminhado à imprensa, aos sindicatos, ao Poder Público e aos órgãos nacionais e internacionais de defesa dos Direitos Humanos, como os Ministérios da Justiça e das Comunicações, Comissões de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e do Senado e entidades de defesa do jornalista, exigindo medidas de proteção aos profissionais da grande área de comunicação que estão a serviço da sociedade.
Pena que as verbas para publicidade institucional acabem por boa parte da imprensa nacional ficarem caladas para certos desmandos dos governantes e levem o pais a esta situação, se ela fosse mais independente o povo teria acesso a informações mais corretas para decidir seu voto.