Diretor da BRK comparece à Câmara para esclarecer situação do saneamento em Blumenau

Foto: Denner Ovidio

O diretor da BRK Ambiental de Blumenau, Cleber Renato Virgínio da Silva, compareceu à sessão ordinária desta quinta-feira, 23, em atendimento à convocação feita pelo Requerimento nº 216/2023, aprovado na Casa e de autoria do vereador Adriano Pereira (PT). O requerimento solicitava esclarecimentos com relação ao atraso das obras de tratamento de esgoto, não cumprindo o cronograma das metas com prazos estabelecidos.

Cleber Iniciou sua fala apresentando a empresa e o histórico do contrato com o município. Também recordou o histórico das obras de esgotamento sanitário em Blumenau para explicar que quando o contrato com a BRK foi firmado, previa que algumas obras do sistema de esgoto já estariam prontas. Essas obras seriam bancadas pelo Funasa e pelo PAC, mas quando a BRK começou a atuar em Blumenau, a condição prevista não existia, ou seja, as obras não estavam concluídas.

Contou que a empresa iniciou os investimentos nas áreas originárias previstas, mas logo foi preciso revisar o contrato, pois redes e estações de tratamento que deveriam estar funcionando não existiam. Foi quando se criou o troca-PAC, que previa a troca de obrigações entre o Samae/Prefeitura de Blumenau e a BRK, nas mesmas medidas, para que a região central fosse concluída para que então as obras do entorno pudessem avançar.

Segundo Cleber, Blumenau conta com 47% do esgoto tratado e coletado. A meta era que estivesse 77% em 2023, mas justificou o atraso por conta da necessidade da revisão contratual para novos cronogramas, que foram apresentados por ele aos vereadores. E assinalou os desafios encontrados pela empresa na construção das redes.

“Nós, empresa, mas também enquanto cidade, aprendemos sobre o impacto que as obras têm na mobilidade do município quando se tem 15 frentes de serviços simultâneas”, exemplificou, citando ainda o grande volume de rochas encontradas durante as escavações, que foram maiores do que a sondagem inicial. Disse que a empresa tem buscado métodos alternativos, e já aplica nas obras da Rua dos Caçadores um método sem escavação ou detonação, com menor impacto para a comunidade e mais agilidade.

Citou como avanços as duas grandes novas estações de tratamento de esgoto da cidade, nos bairros Garcia e Fortaleza. Também ressaltou que são tratados diariamente 20 milhões de litros de esgoto por dia na cidade, que antes iam para os córregos. Apontou que são 62 estações de tratamento na cidade, e o projeto prevê que esse número seja dobrado. Disse que 21 dos 35 bairros da cidade contam com ao menos uma parte atendida pelo serviço de esgotamento sanitário e que os investimentos da empresa passam de R$ 382 milhões. Ainda apresentou dados que apontam que após a implantação do tratamento de esgoto, foi registrada melhoria em mais de 80% na qualidade da água dos mananciais de 25 pontos monitorados.

Assista aqui.


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