Dirlei Paiz, de pastor desconhecido a líder do movimento antidemocrático em Blumenau

O pastor Dirlei Paiz, de Blumenau, preso na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que investiga os responsáveis pelos atos antidemocráticos pós eleição de 2022, em especial os ocorridos em Brasilia no dia 8 de janeiro, é mais conhecido na política, em especial nos grupos bolsonaristas, do que propriamente no seu segmento religioso, o evangélico. Nunca foi considerado uma liderança importante na Igreja. Não pertence a nenhuma das principais, a Assembleia de Deus e Universal.

Foi candidato a vereador em 2020, pelo Patriota, quando fez 522 votos e na eleição de 2022 foi cabo eleitoral do então deputado estadual Ricardo Alba, candidato a deputado federal pelo União. Sinalizava para todos que seria candidato a vereador novamente em 2024.

Ganhou repercussão depois do resultado eleitoral de 2022, com a vitória de Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL). Liderou as manifestações em frente ao quartel do exército em Blumenau, no Garcia, onde, de cima de um caminhão do som, pregava fake news, teses antidemocráticas e orações. Insinuava que o resultado da eleição havia sido fraudada, que as Forças Armadas estavam se organizando e defendia abertamente a intervenção federal militar.

Sempre contou com espaço na Câmara Municipal. Em novembro do ano passado, 24 dias depois do resultado da eleição, ocupou a Tribuna Livre  para falar sobre eventuais problemas no trânsito que estaria acontecendo na região sul de Blumenau, nas proximidades do quartel, por conta das manifestações, mas usou o espaço para disseminar manifestações antidemocráticas, relembre aqui.

Desde julho é cargo comissionado na Câmara, coordenador técnico do gabinete do presidente da Câmara, Almir Vieira (PP). Procurei o presidente e ele me disse que estava em reunião e depois iria se pronunciar.

Nos últimos dias Dirlei se reuniu com lideranças como a deputada federal Daniela Reinerh e o filho 04 do ex-presidente Bolsonaro, Jair Renan, sempre ostentando fotos em suas movimentadas redes sociais.

 

Depois da prisão, quando tentávamos checar a veracidade da informação, muitos projetavam que a candidatura dele  a vereador ganhou um gás e tanto com o ocorrido nesta quinta-feira. É verdade, desde que esteja solto e posso concorrer.

Sobre a prisão, leia mais aqui.

 

 

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