Acompanhando a distância, em conversa com alguns filiados e nos bastidores, parece que a eleição para o comando do PP estadual, marcada para o dia 21, tem muito mais consenso do que divergência. O que pega mesmo é a ocupação de espaços internos na sigla.
Dois nomes estão colocados. O cacique Esperidião Amin e o presidente da Assembleia Legislativa, Silvio Dreveck. Ex-governador, o deputado federal é a liderança mais vistosa, é o atual presidente do PP e percorre Santa Catarina nesta condição. Silvio Dreveck ganhou projeção no comando do Legislativo e é nesta condição que também percorre o estado.
Com perfis e propostas diferentes, um encarna manter o mesmo caminho e outro renovação.
O PP está há 16 anos fora do Governo e atribui-se essa situação a postura personalista de Amin. Fazem questão de lembrar as derrotas dele neste período.
Uma ala entende que é preciso evitar o personalismo neste momento de conversas pré-eleitorais e o nome do presidente da Assembleia Legislativa ganha corpo pelo perfil conciliador e agregador.
Os dois – Amin e Dreveck – já manifestaram-se favoráveis pela aliança com o PSD, de Gelson Merisio. E refratários a qualquer tipo de aproximação com o PMDB.
A preocupação então estaria no apetite de Amin, leia-se dos espaços que ele almejaria ocupar na majoritária em 2018. Teme-se que possa afastar o PP de uma posição de protagonismo na chapa com o PSD, no caso, vice de Merisio.
Importante lembrar que tem outras duas vagas importantes em disputa, para o Senado. Uma já tem dono, Raimundo Colombo (PSD). E ainda precisa encontrar espaço para Paulinho Bornhausen, do também parceiro PSB.
Isso sem falar numa eventual aproximação com o PSDB.
É por aí que também gira a disputa interna do PP.
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