Dois personagens centrais da articulação que trouxe Maria Regina para a aliança

Dois personagens foram centrais para que a formalização da chapa que terá Egidio Ferrari (PL) candidato a prefeito e Maria Regina Soar (PSDB) candidata a vice na disputa pela Prefeitura de Blumenau. O prefeito Mário Hildebrandt (PL) e o Chefe de Gabinete dele, Cesar Botelho (PSDB).

Botelho, um dos mais próximos assessores de Hildebrandt, bateu o pé pela candidatura de Maria Regina a prefeita assim que saiu a notícia de que o candidato do PL, que recebeu o prefeito como filiado, seria Egidio Ferrari e não a vice. Se equilibrou sobre corda onde de um lado tinha os interesses do governador, presidente estadual do PL e de Mário Hildebrandt, sem abrir mão em momento algum do projeto tucano.

Não conseguiu manter o projeto original, mas sua postura garantiu Maria Regina e o PSDB no jogo e o time tucano mobilizado na Prefeitura.

Hildebrandt teve papel ainda central. Seu projeto, ao entrar no PL, era que Maria Regina fosse candidata a prefeita, seja pelo 22, pelo 45 ou mesmo outra sigla aliada. No dia do seu ingresso no PL, foi surpreendido com a decisão do governador e presidente estadual da sigla de sinalizar que o deputado Egidio Ferrari também se filiaria e que seria o candidato a prefeito de Blumenau.

Do limão, Mário Hildebrandt buscou fazer uma limonada. Viu que a decisão de Jorginho era irreversível e buscou abrir espaço para Maria Regina, num momento que nenhum dos lados queria. O governador não queria o PSDB e o PSDB não aceitava abrir mão da cabeça de chapa. Foi preciso esperar poeira baixar, fazer e analisar pesquisas, e convencer a todos que a aliança era o mais importante para todos na atual circunstância.

Com isso, depois da aliança firmada neste domingo, traz sua gestão para o centro do debate, numa robusta aliança de oito partidos. E retoma seu protagonismo, ofuscado quando de sua filiação ao PL, e estará na linha de frente do processo de sua sucessão, como havia planejado lá atrás.

 

2 Comentário

  1. Não acho que o atual prefeito seja vitorioso nesta movimentação, já que ele não teve poder de escolha, foi literalmente “Mário vai com os outros”. Explico minha interpretação deste cenário: os grandes vencedores nesta composição foram o Governador que montou a chapa, e depois o PSDB que teve poder de defender sua candidata, e mostrar números. No meu ver, Mário não teve articulação nenhuma, apenas teve que aceitar Egídio, e agora com a entrada da Maria, ela não acontece por uma escolha dele, mas sim pela leitura do governador que para uma viabilidade da campanha, Maria (PSDB) é fundamental. Quem sai forte deste movimento: Jorginho, JPK, Egídio, Maria e PDSB.

  2. “O governador não queria o PSDB e o PSDB não aceitava abrir mão da cabeça de chapa”

    O deputado Egídio também afirmou após eleito que cumpriria seu mandato de 4 anos.

    Como se vê , o que político fala , não se escreve , desta sorte, quem vai acreditar no pre candidato a prefeito e na sua vice?

    Nos resta uma única opção, e não me refiro aos partidos dos vermelhos, pois estes não são opções .

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