Não sinto confiança nas mensagens apresentadas pelos dois candidatos nas propagandas eleitorais. Muitas coisas não são assim como Napoleão Bernardes (PSDB) e Jean Kuhlmann (PSD) pintam nos programas de TV. Outras muito dificilmente acontecerão. E algumas não tem pé nem cabeça.
Um bloco eleitoral na TV é uma peça de marketing político. Os candidatos aceitam (ou não) os termos apresentados por quem comanda a estratégia.
E o eleitor precisa ter o discernimento sobre o que é propaganda e o que é o melhor para Blumenau. As duas situações podem convergir, mas não necessariamente.
Nos programas da noite desta segunda-feira algumas coisas me chamaram a atenção.
A exibição do bloco começou com a campanha de Kuhlmann apresentando o caso de um “cidadão” que depende do transporte coletivo. Critica antiga e forçada de um problema atual, o transporte coletivo de Blumenau. Exploraram mal, forçado. Para piorar, o “usuário” conferiu pelo aplicativo do seu celular que o horário do ônibus estava atrasado. Fiquei pensando que cidade boa é esta com internet na rua e tecnologia de informação.
Insisto. O problema é atual, real. Mas entendi que foi mal concebido.
O programa também teve uma peça publicitária bem feita, falando da violência contra mulher, para em seguida prometer uma delegacia da mulher, uma responsabilidade do Governo do Estado.
A campanha de Napoleão tem rebatido as acusações que recebe, algumas com pouca reverberação. Mesmo assim insiste em responder todas, sempre em tom elevado.
Como foi o caso do empréstimo do Badesc a juro zero, que administração tucana teria perdido no começo da gestão. Através de recursos visuais o programa buscou “explicar” o trâmite do processo, para dizer que a perda se deu graças a postura do banco vinculado ao Governo do Estado.
Promete pavimentar 80 ruas e falou sobre as criticas que sofre por não ter tocado algumas obras na cidade. Disse não adiantar ter o financiamento, os recursos, sem projetos de engenharia. Isso valeria para ponte do centro, o binário da rua Chile e muitas outras pendências na cidade.
Também não entendi a estratégia do tucano. Ou entendi, sei lá. Me parece que demoraram quase quatro anos para tirar os projetos do papel, mesmo com recursos disponíveis.
Enfim, acho que sou ranzinza, mas eles não me convencem nas propagandas. Entendo que Napoleão e Kuhlmann tem toda capacidade de administrar Blumenau, mas fico incomodado com este mundo do faz de conta e do vale tudo que rola na televisão neste período eleitoral.
Nos sobrou os piores….saudade de Victor Fernando Sasse ..
Algo está errado.
O eleitor quer confiar.
Não há necessidade de fantasia.
Até o momento não vi nenhum dos dois falar com o coração.