Como todos sabem, boa parte da classe política avalia que estar com o número 22 nesta eleição municipal em território catarinense é decisivo para o sucesso nas urnas. Muitos políticos buscam o PL para serem candidatos em suas cidades, ou então, pelo menos terem o partido como aliado na disputa.
O próprio prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), ensaia a filiação ao PL, apesar de não ser candidato.
Mas fico aqui pensando. Neste segunda-feira, apareceu nas redes sociais um vídeo do ex-presidente Jair Bolsonaro com um pequeno grupo de apoiadores, onde ele fala sobre a manifestação do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, em relação ao presidente Lula (PT). Em entrevista gravada em vídeo para o jornal O Diário, do interior de São Paulo, Valdemar comparou Lula e Bolsonaro, elogiou o petista e diz que ele é “extremamente popular”.
Bolsonaro criticou a fala de Valdemar durante o encontro com umas dez, quinze pessoas, numa residência do Rio de Janeiro.
“Manda ele [Lula] vir tomar uma 51 aqui na esquina. Ele não vem”, disse Bolsonaro durante a roda de conversa, deixando claro, com todas as letras, “se continuar assim, vai implodir o partido”.
Não é a primeira manifestação do presidente do PL que desagrada o ex-presidente, que continua com bastante popularidade, mas quem tem o comando do partido é Valdemar.
E se o partido “implodir”, como sugere Bolsonaro, o que será do PL nas eleições municipais?
Já tem gente de olho nesta “briga”, como o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que se apresenta como o mais bolsonarista dos bolsonaristas de Santa Catarina.
“Quem elegeu a maior bancada da Câmara e do Senado foi Jair Bolsonaro, e agora o senhor Valdemar da Costa Neto faz essa traição, por isso não é um número que define a liderança. É a pessoa, eu sempre fui Bolsonaro e não precisei mudar de partido”, afirmou João Rodrigues para lideranças do seu partido.
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