
O feijão com arroz não é uma comida sofisticada, surpreendente, mas está presente nos lares de grande parte dos brasileiros, aliando sabor, fonte de proteínas e uma relação custo-benefício importante.
Usamos a imagem gastronômica para avaliar os 100 primeiros dias da gestão Egidio Ferrari (PL) à frente da Prefeitura de Blumenau, completados nesta quinta-feira. Sem grandes arroubos, tem procurado usar a receita certa neste começo de administração.
Se equilibra em ser uma novidade, em meio a um governo de continuidade. Sim, é um governo de continuidade, tocando as obras e ações previstas pela gestão anterior, em especial, as do Samae, que demoraram para acontecer na administração Mário Hildebrandt (PL), mas foram encaminhadas e agora andam em passos acelerados.
Parte do secretariado é da gestão anterior, aqueles de caráter técnico, parte é ligada a João Paulo Kleinubing, indicações de partidos e algumas poucas escolhas pessoais. As relações políticas são as mesmas de sempre, apenas com a troca de alguns personagens.
Não há novidade na área de saúde, na educação, na mobilidade e em muitas áreas. Mas também não há nenhuma crise localizada em algum setor específico, o que é bom.
Para não dizer que não criou novidade, apresenta o projeto Prefeitura nos Bairros, quando uma vez por mês o Município oferta serviços públicos nos bairros.
Tem ações rápidas em algumas posturas do prefeito, como nos casos envolvendo a educação, com a exoneração do vereador Alexandre Matias (PSDB) ainda em janeiro, e da demissão de dois servidores comissionados que acobertaram um colega de carreira. E tem ainda as sinalizações de austeridade no Samae, autarquia que ficou marcada por problemas no passado.
Egidio Ferrari ainda não apresentou sua principal proposta de campanha, a criação de uma Guarda Municipal Armada, o que deve acontecer nos próximos dias, para tornar-se realidade apenas no ano que vem e olhe lá. Também sinalizou com uma reforma administrativa, que também não saiu do forno ainda.
Na quinta-feira, Egidio Ferrari faz uma coletiva de imprensa, onde fará um balanço deste período e promete apresentar algumas novidades.
Em 100 dias, é muito cedo cobrar algo de diferente da nova gestão e fazer o feijão com arroz é a receita certa. A máquina da Prefeitura é enorme e precisa ser entendida para ser tocada com eficiência. É o que me parece que o prefeito Egidio tem feito em sua primeira e grande experiência em gestão pública.
Tem ainda muito tempo para colocar os seus temperos e apresentar pratos diferenciados.
O maior problema do prefeito Egídio como os demais são as coligações efetuadas em campanha , que depois devem ser pagas com cargos .
Partidos políticos se unem , mas nunca é de graça , após eleições cobram seus apoios com indicação para cargos de pessoas que sequer possuem carater tecnico para os cargos , vide Alexandre Matias. Que neste caso , o absurdo é maior ainda, pois deixou as crianças sem merenda , sem uniforme e voltou tranquilamente para a cadeira de vereador . Em um país sério, com certeza não seria desta maneira .
Governo de continuidade deveria ser adotado pelos novos gestores para que não houvesse tanto desperdício de Nossos Suados Impostos.
E, não foi o caso do atual Governo Federal que além de abandonar as obras anteriormente iniciadas,anda não tem novas.
O Brasil está engessado com milhares de obras paradas.