Conversei com Napoleão Bernardes (PSDB) e Jean Kuhlmann (PSD) assim que os resultados foram anunciadosneste domingo, 02.
Kuhlmann, que obteve 63.411 (35,60% dos votos válidos), disse que o segundo turno “é outra eleição”. Tempos iguais de propaganda eleitoral para levar a mensagem ao eleitor é o principal argumento.
Napoleão, que recebeu 81.040 votos ( 44,81%) diz que vai manter na campanha a postura “construtiva”.
Agora tentarei trabalhar em números estes discursos dos candidatos.
O tucano ficou cerca de 18 mil votos na frente do candidato do PSD.
Partindo do pressuposto ( não absoluto!) de que a votação de Napo e Kuhlmann saiam deste patamar definido pelo eleitorado neste primeiro turno, podemos dimensionar que 144 mil eleitores de um universo de 230 mil estariam definidos por um ou outro.
É lógico, mas não absoluto.
Agora vamos aos votos dos três candidatos que ficaram de fora. Eles representam cerca de 36 mil votos.
Só Ivan Naatz (PDT) recebeu 16.652. Arnaldo Zimmermann (PCdoB), 10.855 e Valmor Schiochet (PT), 8.911.
A abstenção caiu em relação a 2012. Agora foram 20.823 pessoas, pouco mais de 9% do eleitorado total. Há quatro anos mais de 30 mil não compareceram para votar.
Mas os votos brancos e nulos cresceram bastante. 9.266 votaram em branco e 19.199 anularam.
Ou seja, 29 mil anularam ou votaram em branco e quase 21 mil pessoas nem apareceram.
Estamos falando de 50 mil eleitores “desgarrados”, fora outros 36 mil dos candidatos que ficaram de fora do segundo turno.
Numa matemática tosca, 86 mil do eleitoral está para ser disputado.
Claro, sempre no pressuposto de que os votos conquistados hoje permaneceram com quem os conquistou em dois de outubro.
Esperamos também que o candidato que sair vitorioso não seja candidato a Deputado e largue a cidade na mão do vice . Votos recebidos devem ser respeitados para o mandato .
Espero que se tiver outra pesquisa fajuta, vc não se envolva e muito mesmo escreva que confia. Pois assim vc vai caindo no descrédito