Faltando pouco mais de seis meses para as eleições municipais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou o feriado de Páscoa em Balneário Camboriú, para, em tese, descansar, mas que se transformou em atos políticos, em especial no sábado a tarde, quando o próprio convocou uma manifestação.
E mostrou mais uma vez porque é um cabo eleitoral e tanto neste pleito onde os debates deveriam ser locais, pragmáticos. Levou uma multidão à praia central de BC e confirmou o que muitas pesquisas internas, contratadas por diferentes partidos, indicam.
A esmagadora maioria do eleitorado tende a votar em candidatos apoiados ou com afinidade com Bolsonaro. Estar no PL, no 22, é condição importante, mas não determinante, por isso observamos políticos de várias siglas tentando colar a imagem no bolsonarismo.
No ato desse sábado, Jair Bolsonaro teve a companhia, no caminhão de som, de políticos como o governador Jorginho Mello, o senador Jorge Seif, o prefeito Fabrício Oliveira e o deputado Carlos Humberto, todos do PL.
As falas de todos seguiram o mesmo. Enaltecer o homem que resgatou o “sentimento do patriotismo, da família, da religião que defende a liberdade e tem sido um injustiçado, um perseguido”.
O governador Jorginho Mello fez um discurso em defesa da Democracia, sem nunca ter sido veemente contra os ataques às sedes dos Três Poderes por pessoas que não concordaram com o resultado da eleição – cujo adversário venceu por mais de 6 milhões de votos – em janeiro de 2024, além de tudo que ocorreu logo após o segundo turno.
“Nós não vamos desistir de Santa Catarina, não vamos desistir da nossa direita conservadora”, bradou Jorge Seif, ao destacar a “resiliência e resistência” de Bolsonaro.
E o ex-presidente, cercado de uma multidão, deu o recado para a eleição. “Estamos vivendo um ano eleitoral e nós já sabemos o que é esquerda e o que é direita”, dando o caminho para aqueles que o idolatram votem nas eleições.
A eleição municipal é aquela mais próxima do eleitor, aquela que ele escolhe o gerente da sua cidades e aqueles que devem fiscalizar, mas se encaminha para um debate entre direita e esquerda, onde a esquerda está longe de ser protagonista. E políticos e partidos que não encarnam as bandeiras do bolsonarismo em Santa Catarina tendem a ficar pelo caminho.
A esquerda e protagonista, de corrupção comprovada, de narrativas , de mentiras e de muito mais coisas ruins.
Não somos bolsonaristas, somos um povo que preza pela liberdade, pela democracia e pela constituição , bem diferente desta extrema esquerda, do MTST e seus puxadinhos.