Em Brusque, uma eleição municipal com cara de nacional

Fotos: reprodução

Parece contraditória a chamada desta postagem e é mesma. Mas os olhos da política catarinense e nacional estão voltados para a disputa da eleição tampão em Brusque, marcada para o dia 3 de setembro. Quatro candidaturas estão postas. O servidor Alessandro André Moreira Simas (PP), o professor William Fernandes Molina (MDB), o ex-prefeito Paulo Roberto Eccel (PT) e o vereador e prefeito interino, André Vechi (DC).

As duas últimas monopolizam as atenções, mas aqui não quero dizer que são favoritas e as outras estão descartadas. Mas é que André Vechi e Paulo Eccel reproduzem, com mais fidelidade, a disputa de 2022 entre Lula e Bolsonaro, PT e PL. Em Brusque, terra da Havan e do empresário Luciano Hang, o PL não é cabeça de chapa, mas empresta o nome do vice na campanha de Vechi, com o empresário Deco Batisti.

O último final de semana mostrou a importância que lideranças estaduais e nacionais estão dando para esta eleição. A candidatura de Paulo Eccel contou com o reforço do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), ministro da Indústria e Comércio, além do presidente do Sebrae Nacional e do PT catarinense, Décio Lima, da deputada federal Ana Paula Lima, do presidente do PSB catarinense, Claudio Vignatti e outros.

No domingo, o governador Jorginho Mello (PL), presidente do partido em Santa Catarina, levou uma comitiva de lideranças partidárias para manifestar apoio a Vechi e Deco Batisti, como a vice-governadora Marilisa Boehm, os deputados federais Zé Trovão e Daniela Reinehr e os estaduais Carlos Humberto, Ana Campagnolo, Ivan Naatz, Marcius Machado e Oscar Gutz.

Quem também apareceu para manifestar apoio a Vechi foi o deputado estadual Napoleão Bernardes, do PSD.

São três candidaturas do campo da direita e uma da esquerda. Lideranças petistas apostam que podem repetir a situação da eleição estadual para o Governo, quando Décio Lima foi para o segundo turno e manteve um palanque para o então candidato Lula no estado.

A diferença que não tem segundo turno em Brusque por causa do número de eleitores, 95.403. Quem levar a melhor no dia 3 de setembro, leva.

Vale lembrar que no dia 4 de abril deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral cassou os mandatos do então prefeito e vice-prefeito de Brusque, José Ari Vequi e Gilmar Doerner, por abuso de poder econômico durante a campanha em 2020. O julgamento foi definido por 5 votos a 2.  Os ministros determinaram ainda a inelegibilidade de todos os envolvidos — ambos os políticos e o empresário Luciano Hang — para eleições que acontecerem durante os oito anos subsequentes ao pleito de 2020.

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