Em época de estiagem, Blumenau percebe evolução no sistema de esgoto

Foto: divulgação

O cenário é quase o mesmo de oito anos atrás: a Ponte de Ferro sobre o Rio Itajaí-Açu, um dos principais cartões-postais de Blumenau. O que mudou foi o avanço do sistema público de coleta e tratamento de esgoto, iniciado há 10 anos e refletido na qualidade da água e na vida do blumenauense. Isso tudo ficou evidente devido ao período de estiagem que a cidade e o Estado vivem, considerado o mais severo dos últimos sete anos pela Epagri/Ciram, o que provoca seca pela insuficiência de chuva.

Voltando ao passado, em 2012, quando a situação era semelhante a atual, uma mancha surgiu no Rio Itajaí-Açu, mostrando a quantidade de esgoto lançado na natureza sem o devido tratamento. Em 2020, o baixo volume de água indica um contexto diferente nesse sentido e a melhora na qualidade da água pode ser comprovada por meio do monitoramento do Índice de Qualidade da Água (IQA). Realizado em parceria pela BRK Ambiental e o Senai, as análises são feitas por trimestre e, atualmente, compreendem 22 pontos, sendo que 13 possuem resultados bons ou aceitáveis. Em 2012, quando eram avaliados 18 pontos, a média do ano fechou com apenas dois pontos bons e um aceitável, ficando oito ruins e sete péssimos.

A expansão no número de pontos monitorados segue a evolução dos serviços de coleta e tratamento de esgoto, ou seja, conforme novas regiões são atendidas, novos locais de monitoramento são incorporados à lista. “É importante destacar que oscilações pontuais podem ocorrer, sejam como consequência das variações de carga orgânica, fortes pancadas ou escassez prolongada de chuvas, índices de diluição etc. Porém, é nítido que à medida que a bacia vem sendo saneada, há a melhora contínua nos pontos avaliados”, explica o responsável pela BRK Ambiental em Blumenau, Cleber Renato. “O esgoto bruto que era lançado ali, agora é corretamente tratado nas ETEs Garcia e Fortaleza e os córregos vão retomando a vida”, complementa.

Importância do esgotamento sanitário

Durante esse período de estiagem, destaca-se a importância dos investimentos realizados para a expansão da coleta e do tratamento, que na última década foi disponibilizado para 21 dos 35 bairros da cidade, retirando 19 milhões de litros de esgoto bruto que eram despejados diariamente em diversos córregos, ribeirões e no Rio Itajaí-Açu, e da conscientização dos moradores em relação as suas responsabilidades para a ligação correta à rede de coleta.

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