Em Rio do Sul, governador se manifesta sobre operação policial na barragem José Boiteux

Foto: Secom SC

Em entrevista no começo da tarde deste domingo, em Rio do Sul, governador Jorginho Mello (PL) falou sobre a operação para fechar duas comportas da barragem de José Boiteux, que culminou com o conflito entre indígenas que moram na reserva e a Policia Militar.

Disse que todos os itens da pauta de reivindicação foram e serão atendidos pelo Governo do Estado.

“Enviamos tudo o que eles pediram, desde mais de 900 cestas básicas até uma ambulância que já está no posto da PM de José Boiteux, além disso, seguiremos investindo em melhorias de infraestrutura, principalmente, e de convivência social que aquela comunidade pede há mais de 20 anos”, afirma o governador.

Confira a posição do Governo sobre o o que aconteceu neste final de semana.

O fechamento

A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), junto com a Polícia Federal, conseguiu a desocupação da Barragem de José Boiteux. O comandante-geral da PMSC, coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, explica que houve um confronto pontual, com um grupo pequeno de indígenas.

Na noite deste sábado, 7, o Batalhão de Choque, a Cavalaria e Pelotões da cidade do Vale do Itajaí se deslocaram até a Barragem de José Boiteux com a missão de liberar da área, para que a equipe técnica da Defesa Civil do Estado pudesse avaliar a estrutura e posteriormente o fechamento das comportas.

A negociação para o fechamento foi realizada entre o governador Jorginho Mello e o cacique Setembrino Camlém, que fez alguns pedidos para a liberação da área. A partir do acordo, os policiais se deslocaram para o trabalho em campo.

“Nós temos imagens que mostram o nosso efetivo chegando no local, conversando com o cacique e uma oficial de justiça lendo o documento. Até então uma desocupação sendo feita pacificamente. Só que mais ao final da operação fica um pequeno grupo concentrado na casa de máquinas, onde os policiais precisavam entrar para fazer os reparos”, conta o comandante.

Segundo Pelozato, esse pequeno grupo ficou na casa das máquinas negociando com alguns policiais federais, mas negaram desocupar o local.

“Eles tentaram tirar as armas dos policiais, tanto que o comandante da operação no local entrou em contato com o cacique para esclarecer essa situação. Dois indígenas identificaram esse homem que atacou os policiais e disse que chamaria a atenção dele, porque descumprir o que foi negociado. Nós usamos, como forma de proteção, armamento não letal. Temos um relatório e vamos esclarecer todo o ocorrido”

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