Nesta segunda, 3, o presidente do Sebrae, Décio Lima (PT), acompanhado da diretoria executiva do Sebrae em Santa Catarina, Carlos Henrique Ramos Fonseca, Anacleto Angelo Ortigara e Fábio Búrigo Zanuzzi, anunciou a marca de R$ 1 bilhão de crédito com o fundo de aval do Sebrae, que está disponível no Programa Acredita, do governo federal, referente aos primeiros meses de 2024. A entrega simbólica foi feita ao casal, Priscila dos Santos e Marco Fonseca, donos da Panificadora Horizonte, em Florianópolis.
Priscila e Marcos estão entre os empreendedores que tiveram acesso a crédito assistido do Sebrae. Ao todo, o volume de crédito concedido representa R$1 bilhão de crédito acessado pelos empreendedores de pequenos negócios brasileiros com o Fundo de Aval para Micro e Pequena Empresa (Fampe), do Sebrae.
No total, cerca de 20 mil operações foram realizadas com os recursos do fundo, representando um volume 140% maior do que o registrado de janeiro a maio do ano passado. No total, 29 instituições bancárias estão aptas a ofertar os recursos que foram possibilitados com o aporte de R$ 2 bilhões do Sebrae e que vai viabilizar R$ 30 bilhões em crédito nos próximos três anos.
“Nós temos uma desigualdade de acesso a crédito. Foi por isso que o governo federal lançou o Acredita Brasil, do qual o Sebrae faz parte como avalista na tomada de crédito. Atualmente, os empreendedores de pequenos negócios enfrentam um sistema financeiro que foi feito para as grandes empresas – 6,3 milhões de microempreendedores que estão inviabilizados economicamente. Por isso, o Sebrae une-se ao Programa Acredita como parceiro estratégico na missão da retomada de um Estado atuante, sendo o maior avalista para aqueles que mais precisam de garantia na hora de negociar com os bancos”, afirma o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima. “Antes do programa Acredita, apenas 12% das micro e pequenas empresas obtiveram crédito. Cerca de 88% desses empresários não conseguiam financiar os seus negócios, em muitos casos, por falta de garantia. É para isso que estamos abrindo a porta das instituições financeiras para que esses empreendedores possam continuar gerando emprego e renda”, assegura.
Os estados que primeiro saíram na frente com os recursos são Minas Gerais, que representam mais de 21% das operações realizadas. Na sequência estão os empreendimentos do Paraná (19,7%), São Paulo (14,9) e Santa Catarina (10%). Pela perspectiva dos bancos, a Caixa Econômica Federal foi a instituição que mais emprestou os recursos aos donos das empresas com o aval do Sebrae e realizou 60% das operações. Na sequência, estão o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob), com 9%, e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), com 2%.
“Por meio do fundo de aval do Sebrae, o empreendedor passa a ter crédito assistido e orientado. O Sebrae pega na mão deste pequeno empreendedor, que precisa deste apoio para sair da situação de endividamento. É um grande momento para que esta base da economia brasileira, hoje representada pelos pequenos negócios – que são 95% das empresas brasileiras, 30% do PIB, geram 8 de cada 10 empregos do país –, possa atuar, crescer, gerar mais oportunidades e inclusão. São brasileiros e brasileiras que acordam e geram riquezas nas suas cidades e bairros, que garantem sua própria sobrevivência”, esclarece.
Santa Catarina: R$100 milhões em crédito
Somente em Santa Catarina, mais de R$100 milhões em crédito foram liberados aos empresários do Estado, o que representa mais de 10% do total no país. A empresária Priscila dos Santos Xavier Fonseca, sócia juntamente com o marido na Panificadora Horizonte, em Florianópolis, foi uma das beneficiadas pelo Fampe e teve acesso a um empréstimo de R$ 25 mil. Ela conta que trabalhou a vida toda como empregada doméstica, enquanto o companheiro atuava com segurança na mesma panificadora. Até que, no final do ano passado, eles viram uma oportunidade de fazer uma mudança de vida. O então proprietário, planejando sua aposentadoria, decidiu vender o negócio e fez uma proposta de venda ao casal. Priscila e o marido venderam o carro e resolveram arriscar. O passo seguinte foi investir em melhorias no ambiente, como pintura, renovação dos uniformes dos funcionários, entre outras mudanças. No último mês de abril eles conseguiram um empréstimo pelo Sicoob, com aval do Fampe.
“Eu era empregada doméstica, trabalhava de forma informal. Nunca havíamos empreendido. Os primeiros meses foram difíceis, caímos de paraquedas. De repente tínhamos 11 pessoas dependendo do sucesso do nosso negócio. Foi a partir daí que procuramos o Sicoob em busca do crédito e, com isso, temos seguido até então”, conta Priscila.
Na tarde desta segunda-feira, a Priscila e o Marco receberam das mãos do presidente do Sebrae um voucher de R$ 3 mil para se beneficiar das consultorias oferecidas pelo Sistema Sebrae, incluindo a de crédito assistido, para saber como aplicar os recursos na empresa.
“No dia a dia do nosso povo não há quem acorde de manhã e não visite um lugar parecido com esse. Ele é importante, especialmente nessa ocasião, porque estamos consolidando aqui a nossa pauta de R$ 1 bilhão em crédito para negócios como este. Essa é a maior carteira de crédito já oferecida aos pequenos negócios que estão pulverizados nas cooperativas de crédito e que têm essa capilaridade espalhada pelo território brasileiro. No nosso país, não temos a cultura do aval e os bancos só liberam o crédito se dermos a garantia. E é isso que o Sebrae está fazendo junto aos pequenos negócios”, conclui Décio Lima.
Crédito Consciente
Para ampliar a consciência e segurança dos empreendedores na obtenção de empréstimo, o Sebrae disponibilizou a página do Crédito Consciente. A plataforma explica de forma didática como avaliar a real necessidade do crédito, conhecer as linhas de crédito disponíveis e conhecer o fundo de aval, além de ajudar no planejamento financeiro da empresa.
Fonte: Sebrae
Será que parte deste dinheiro veio do prejuízo de R$ 800 milhões dos Correios , ou do prejuízo da Petrobrás de R$ 70 bilhões .
Fazem a panela ,mas não fazem a tampa .