O prefeito Mário Hildebrandt é peça chave no tabuleiro eleitoral de 2020 em Blumenau. Candidato natural à reeleição, pela condição de prefeito, conta ainda com um portfólio interessante nestes menos de dois anos de mandato, ele que assumiu em março de 2018.
Desfiliado há um ano do PSB, desde então sai pela tangente quando o assunto é seu destino partidário. Evita tocar no assunto e diz que sua prioridade é a gestão da Prefeitura.
Sim e não. É claro que o prefeito Mário está focado na gestão, mas com a experiência que adquiriu na política já tem construído seu caminho político para 2020 ou pelo menos tem ele alinhavado. O prazo máximo para definir seu destino é final de março, ou seja, no máximo três meses.
Até pouco tempo eu diria que ele está fechado com o Podemos, mas as circunstâncias da política não permitem cravar isso. A legenda se encaixaria como uma luva no quesito de “renovação”, visto que a sigla liderada pelo Senador Alvaro Dias ainda não tem o estigma de muitas outras.
Por outro lado, teria pouco tempo de propaganda eleitoral na TV, que obrigaria o prefeito a construir uma boa base de apoio com outras siglas. Muitas delas – PSDB, PSD, MDB e o próprio DEM – já sinalizaram interesse em estar juntas numa composição, apesar de muitas lideranças dizerem que estes partidos terão candidaturas a prefeito.
Sem anunciar a filiação, Mário Hildebrandt evita antecipar o debate eleitoral e embaralha o tabuleiro. Não deixa claro para os adversários a construção que está buscando, mas também deixa os aliados sem saber muito por onde seguirem.
Muitos vereadores e candidatos a vereador em 2020 aguardam a definição do prefeito para saberem se filiam-se no mesmo partido ou em algum que será da base, mesmo com as coligações para a eleição proporcional estarem proibidas.
Vereadores esperando a decisão do patrão , o chefe do executivo , manda no legislativo , não em todos , mas na maioria que são subservientes .Falta dignidade na política .