Estudo da FIESC aponta problemas nos trechos prontos e fim da duplicação dos quatro lotes da BR 470 somente no final de 2026

Foto: divulgação FIESC

A análise encomendada pela Federação das Indústrias de SC (FIESC) sobre as obras e serviços de duplicação da BR 470 traz preocupações em relação a dois importantes pontos: defeitos na pista no trecho já concluído e o ritmo de conclusão da obra.

Em nome da Acib (Associação Empresarial de Blumenau), a presidente Christiane Buerger destaca pelo menos dois deles. “Um deles, que diz respeito aos lotes 1 e 2, são os viadutos de acesso dentro de Navegantes, em razão de problemas de compactação do solo, cuja obra ficará pronta apenas a partir do segundo semestre de 2025. O segundo ponto é o acesso a Luiz Alves, que tem provocado inúmeros acidentes, inclusive com mortes”, aponta.

“O trabalho confirma a percepção do usuário quanto à qualidade do serviço entregue, muito aquém do esperado e que não condiz com a importância deste corredor logístico essencial para Santa Catarina”, afirma o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.

O documento, elaborado no início do mês de junho, faz uma análise sucinta da situação física das obras e serviços de duplicação; restauração da pista existente; implantação de ruas laterais e a recuperação, reforço, reabilitação e construção de pontes, viadutos e obras complementares da Rodovia BR-470/SC, no segmento que percorre os municípios de Navegantes, Ilhota, Gaspar, Blumenau e Indaial, num trecho de 73,2 km, subdividida em 4 lotes.

Segundo o engenheiro Ricardo Saporiti, considerando-se o atual ritmo das obras e serviços nos lotes 3 e 4, a conclusão no prazo previsto não será cumprida. “É muito preocupante. A nossa estimativa, considerando o andamento atual da obra – especialmente no subtrecho entre Blumenau e Indaial -, é de que o lote 4 só será concluído daqui a 6 anos e 2 meses, o que sinaliza a necessidade de renegociação urgente do contrato”, salienta.

As desapropriações de imóveis e a realocação da tubulação da SCGás estão entre os principais entraves ao avanço dos trabalhos nos lotes 3 e 4. Saporiti explica que o serviço de realocações em aproximadamente 6.000 metros de tubulação de gás natural, também tem prejudicado o desenvolvimento das obras rodoviárias contratadas, especialmente no lote 3.

Pelas estimativas da análise, os prazos mais prováveis de conclusão por trecho são: Lote 1- Junho de 2025; Lote 2- Março de 2025; Lote 3- Outubro de 2026 e Lote 4- Junho de 2030.

O presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Martorano, explica que o estudo será enviado aos deputados estaduais e para a Frente Parlamentar Catarinense, bem como para o DNIT, ANTT e Ministério dos Transportes. “A FIESC defende que a previsibilidade de recursos é essencial para que o DNIT possa fazer a gestão dos contratos. Para isso, é importante que os parlamentares catarinenses articulem a destinação de recursos do Ministério do Transporte e de emendas individuais e coletivas para que se possa manter o nível de investimentos que tivemos em 2023, quando foram aplicados mais de R$ 1 bilhão em rodovias federais em SC”, explicou.

Confira a apresentação aqui.

Da redação, com informações da FIESC

1 Comentário

  1. Obras públicas , quais são efetuadas com planejamento técnico, com controle, com custo exato, com previsões de impactos e qual é finalizada na data correta ?Pessimismo, não, realidade pelo histórico, tanto municipais, estaduais e federais .
    A reportagem acima mostra claramente isto .

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