As causas da evasão escolar em Santa Catarina, especialmente nas redes públicas de ensino, e ações de enfrentamento ao problema serão debatidas na segunda-feira, 13, em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Assembleia Legislativa (Alesc). A audiência pública foi proposta pela deputada Marlene Fengler, do PSD, presidente da Comissão, que espera traçar um diagnóstico da evasão escolar provocada pela pandemia identificando quantas crianças estão fora das escolas, onde estão, a quais séries iniciais e do ensino médio pertencem e quais as motivações que as afastaram das aulas.
Um levantamento do Ministério Público de Santa Catarina revelou que 10 mil estudantes permanecem fora das escolas neste ano. Um outro estudo do IBGE, de outubro de 2020, indicava que 1,38 milhão alunos, de 6 a 17 anos, deixaram de frequentar as aulas presenciais ou a distância no Brasil. E outros 4 milhões, mesmo matriculados, não receberam nenhuma atividade escolar, num total de 5,5 milhões crianças e adolescentes sem acesso à educação durante a pandemia.
“Os dados são alarmantes. Temos crianças entre 4 e 12 anos sem frequentar a escola e isso é inconcebível. A evasão escolar que estamos verificando é assustadora, motivada possivelmente pela dificuldade de acompanhamento das aulas online, porque sabemos que a internet ainda não está disponível igualmente a todos, além de outros fatores. Mas além da evasão escolar, precisamos avaliar também o impacto dessa situação na aprendizagem das crianças e adolescentes e traçar estratégias conjuntas para recuperar essa defasagem”, destaca Marlene.
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