Facebook vai exigir identidade de perfis suspeitos que viralizam

Foto: reprodução

No que parece ser mais um esforço para coibir a disseminação de notícias falsas ou informações inconsistentes em sua plataforma, o Facebook poderá exigir que donos de contas que publicam conteúdo que viraliza na rede social forneçam comprovação de identidade. Se isso não for feito, o alcance das postagens será reduzido.

Esse tipo de verificação passou a fazer parte dos procedimentos do Facebook há cerca de dois anos, quando a companhia começou a exigir identidade e localização de administradores de páginas em uma tentativa de barrar o avanço de “fazendas de conteúdo”. Esses serviços, por assim dizer, criavam postagens baseadas no cenário político dos Estados Unidos para viralizar e, com isso, gerar receita com anúncios.

Páginas desse tipo podem exibir conteúdo gerado por ferramentas específicas para esse fim, logo, a checagem de identidade permite ao Facebook descobrir quais páginas são realmente gerenciadas por administradores ou alimentadas por algoritmos. Presumivelmente, essa também é uma forma de responsabilizar administradores de páginas por eventuais postagens indevidas.

Esses esforços estão sendo expandidos agora. O momento é oportuno: além de questões políticas, como a crescente tensão entre Estados Unidos e China, o avanço da Covid-19 no mundo também abre caminho para a desinformação. Há numerosas postagens duvidosas no Facebook que prometem, por exemplo, curas milagrosas para a doença ou afirmam que o novo coronavírus é uma criação de laboratórios chineses.

Começando pelos Estados Unidos (ainda não há informação sobre quando e como isso funcionará em outros países), as contas que registram comportamento não autêntico e têm postagens com alto alcance de usuários terão que fornecer algum tipo de identificação que permita ao Facebook validá-la. Se essa solicitação for negada ou ignorada, o alcance das postagens da conta serão reduzidas.

Não termina aí: se a conta que não fornecer identificação for administradora de páginas no Facebook, estas não poderão ser acessadas pelo perfil, a não ser que o responsável passe por um procedimento de autorização (que, adivinhe, também requer confirmação de identidade).

Na detecção de atividade suspeita, o ideal, à primeira vista, é a conta ou página responsável ser suspensa, mas essa é uma briga de gato e rato: quem tem contas ou páginas removidas da rede social pode simplesmente criar outras para continuar fazendo publicações duvidosas.

Já o procedimento de verificação de identidade pode trazer resultados mais eficazes por restringir automaticamente contas não verificadas. Como essa ação limita o alcance de perfis falsos, criá-los passa a ser uma atividade menos interessante. Além disso, o procedimento pode evitar que o Facebook exclua contas que, no fim das contas, são legítimas.

As informações são do The Verge via Tecnoblog

 

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