“Farei o que estiver ao meu alcance para aproximar o BC do governo”, diz Campos Neto

Foto: Nadja Kouchi/Reprodução via CNN Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que está disposto a aproximar a autoridade monetária do governo federal. “Queria começar fazendo esse registro. Que o Banco Central precisa trabalhar junto com o governo, e que eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para aproximar o Banco Central do governo”, disse.

Campos Neto participou na noite desta segunda-feira, 13, como convidado do programa de entrevistas Roda Viva, da TV Cultura.

O presidente do BC também foi questionado sobre a política monetária que a instituição tem adotado, principalmente, com relação ao patamar elevado de juros básicos praticados no Brasil.

Ele afirmou que a instituição “não gosta de juros altos” e que é não se pode realizar uma política social sem uma política fiscal. “Acreditamos que é possível fazer fiscal, junto com o bem-estar social. Mas acreditamos que é muito difícil ter bem-estar social com a inflação descontrolada. Porque a inflação é um imposto que afeta muito a classe mais baixa”.

Campos Neto concordou que a atual taxa está alta e que o debate sobre um ciclo de quedas é algo importante para a sociedade. “Juro real no Brasil é alto? É alto. E esse é uma questão legitima para a sociedade. Eu estou disposto a explicar quantas vezes for necessário”.

Questionado sobre um convite para falar sobre a taxa de juros no Congresso, Campos Neto afirmou: “É meu trabalho. Eu vou quantas vezes precisar. Inclusive, eu marquei um jantar com o presidente da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado) essa semana para exatamente falar com ele sobre como vai ser, quando eu posso ir na CAE para fazer essas explicações”.

Convocação de Campos Neto

Ainda nesta segunda-feira, Gleisi disse que o diretório nacional do partido aprovou uma resolução defendendo que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, seja convocado a prestar esclarecimentos ao Congresso sobre a política monetária do BC.

A decisão aumenta a pressão que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu entorno têm feito contra a política monetária e a atual taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 13,75% ao ano.

Fonte: CNN Brasil

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