Talvez o sábado tenha sido ainda mais doído neste turbilhão de emoções que vivemos nesta tragédia sem precedentes.
A surpresa, depois a estupefação, deram lugar a certeza da última despedida. Com muita tristeza, depois de tantas horas de espera, familiares, amigos e a população de Chapecó assistiram com os próprios olhos aquilo que o coração não gostaria de sentir.
As pessoas que foram na Arena Condá acompanharam uma partida que não queriam ver. Na verdade, várias.
Perceber que 71 vidas se foram pela negligência e ganância de um piloto e empresário que trabalhava no limite, até do combustível, é difícil de perdoar.
E aceitar.
Agora é preciso aceitar que eles partiram.
Atletas, comissão técnica e dirigentes da Chapecoense, em um momento especular do clube e da vida deles, não estão mais aqui. Jornalistas e profissionais de imprensa que iriam cobrir um grande evento esportivo não terão mais esta oportunidade. Sem esquecer da tripulação.
O sonho virou história, quem sabe lenda, mas é certo que entra para a linha de tempo da humanidade. Sera sempre lembrado, sempre reverenciado.
Ninguém volta desta última viagem.
Precisamos levar algo disso tudo.
Eu fico com a grandeza da solidariedade proporcionada pelo esporte, no momento mais triste da história.
Nada aplaca a dor, mas conforta saber que o ser humano pode mais, muito mais.
E também fico com a grandeza da pequena Chapecoense, da pequena Chapecó, do pequeno estado de Santa Catarina.
A Chapecoense mostrou-se uma gigante. Fica o legado.
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