Força Tarefa diz que há evidências da formação de uma organização criminosa na negociação dos respiradores

Numa coletiva no final da manhã deste sábado, foram revelados alguns poucos detalhes da Operação Oxigênio, deflagrada por uma força tarefa que reúne o Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado e Polícia Civil. Participaram o Chefe do MPSC, Fernando da Silva Comin, o presidente do TCE, Adircélio de Moraes Ferreira Júnior e Paulo Koerich, delegado geral de Polícia e atual presidente do Colegiado de Segurança do Governo do Estado.

Os detalhes foram poucos, pois não foram citados os nomes dos investigados e os locais onde aconteceram a operação, por correr em segredo de Justiça e para não atrapalhar as investigações, que estão em curso. Foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão em 12 cidades em Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

A Polícia Civil conseguiu, judicialmente, aprender R$ 11 milhões de reais que estava numa conta bancária, além de apreender mais de R$ 300 mil em espécie no Rio de Janeiro, recursos que serão trazidos para o Estado para eventual ressarcimento dos prejuízos causados.

Mas tanto o MP, quanto ao TCE, foram taxativos em apontar a gravidade das evidências de crimes na compra de respiradores pelo Governo do Estado, por R$ 33 milhões, num negócio para lá de suspeito.

O presidente do TCE, disse que o sinal amarelo no setor de inteligencia do órgão no dia 23 e que a apuração foi acelerada no dia 29, depois da reportagem do site The Intercept_Brasil. O chefe do MP também citou a reportagem do site para deflagrar a investigação.

O promotor Fernando da Silva Comin disse que há evidências da formação de uma organização criminosa, envolvendo agentes públicos e privados, com os crimes de compra fraudulenta, empresas de fachadas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, entre outras suspeitas.

Adircélio de Moraes Ferreira Júnior diz que as análises iniciais do órgão apontam que a empresa selecionada pelo  Estado não tinha condições de fazer a negociação, que etapas foram suprimidas, com pagamento antecipado sem as condições de segurança necessárias.

MP vai solicitar ao Poder Judiciário que as investigações deixem de correr em segredo de Justiça. “É um direito da sociedade!”, diz o promotor Fernando Comin.

O que se sabe que, entre os investigados, está o chefe da Casa Civil, Douglas Borba.

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