Uma das principais lideranças da esquerda no Congresso, o deputado Marcelo Freixo entregou sua carta de desfiliação ao PSOL e vai se filiar nos próximos dias ao PSB, em busca de uma aliança ampla para disputar o governo do Rio de Janeiro em 2022. O principal objetivo é derrotar as forças ligadas ao presidente Jair Bolsonaro.
Com o acordo feito com o seu partido, Freixo não terá o mandato reivindicado por infidelidade partidária e poderá migrar antes da janela prevista para o início do próximo ano. A expectativa é que ele se filie ainda este mês à nova legenda.
Líder da Minoria na Câmara, Freixo pretende liderar uma candidatura que reúna o apoio de políticos de outros partidos de esquerda, como o PT e o PCdoB, mas também do centro, como o PSD, do prefeito Eduardo Paes. O deputado tem conversado com o economista André Lara Resende – que foi presidente do BNDES no governo FHC e um dos formuladores do Plano Real –, apontado como espécie de formulador econômico de seu eventual governo.
Marcelo Freixo se reuniu no Rio, com o ex-presidente Lula e os deputados Alessandro Molon (PSB-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ). O PT deve abrir mão de candidatura própria para apoiar Freixo. Hoje o ex-presidente da República se reunirá com o prefeito Eduardo Paes. Recém-filiado ao PSD, Paes defende a candidatura do presidente do Conselho Federal da OAB, Felipe Santa Cruz, para o governo em 2022. Mas não descarta apoiar o líder da Minoria na Câmara.
Freixo estava no PSOL desde sua fundação, em 2005, e é uma das principais estrelas do partido, pelo qual chegou a ir para o segundo turno das eleições municipais de 2016, quando perdeu para Marcelo Crivella. Chegou à Câmara em fevereiro de 2019, na condição de segundo deputado mais votado do estado, atrás apenas do bolsonarista Hélio Lopes (PSL-RJ).
Tem alguém com o mínimo de bom senso que votaria neste cidadão