Hackers vazam dados de Bolsonaro, ministros e aliados; grupo pode ser investigado

Imagem: reprodução

Dados confidenciais da família Bolsonaro, do ministro da Educação, da ministra dos Direitos Humanos e aliados foram disponibilizado por hackers no site Pastebin. O vazamento foi anunciado pela célula brasileira descentralizada do Anonymous às 21h30 desta segunda (1º), no Twitter.

Nos documentos, que já foram retirados do ar, era possível encontrar informações pessoais detalhadas (RG e CPF, telefones, endereço físico, contas de e-mail, propriedades, atividades de trabalho, declarações de imposto de renda, score do Cadastro de Pessoa Física, histórico partidário, além de informações de parentes) de Jair Bolsonaro (sem partido), dos filhos Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP); dos ministros Abraham Weintraub (Ministério da Educação) e Damares Alves (Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos); do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e de Luciano Hang (cofundador da Havan).

A conta do grupo no Twitter já foi suspensa.

Investigação

Boa parte dos dados vazados pode ser obtida facilmente na internet. O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem uma lista dos bens declarados de todo candidato à eleição.

Além disso, o endereço físico e CPF de Bolsonaro, de seus ministros e de seus apoiadores estão em processos judiciais e administrativos que aparecem na primeira página de resultados do Google.

Ainda assim, segundo a Veja, a Procuradoria-Geral da República (PGR), disse que vai analisar nesta terça-feira, 2, se abre uma investigação para apurar os dados expostos.

O deputado estadual Douglas Garcia, por sua vez, acabou confirmando que as informações são mesmo legítimas: ele alegou que a divulgação dos dados foi “criminosa”, e prometeu ir à delegacia fazer um boletim de ocorrência.

Algumas horas antes, Garcia pediu aos seguidores do Twitter que enviassem provas contra pessoas autodenominadas “antifascistas”, incluindo nome completo, para seu endereço de e-mail da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo).

Mundo

A ação pela célula brasileira, provavelmente, veio inflamada após ações dos Anonymous internacionais. Com um chamado para outras células, é possível observar um aumento na movimentação dos grupos brasileiros, que estavam praticamente adormecidos até então.

Durante a noite do último domingo, 31, em sua conta oficial no Twitter, uma das principais células Anonymous resolveu se pronunciar em relação aos protestos ocorridos em algumas cidades do mundo, devido a um policial branco ter assassinado um cidadão afro-americano de 46 anos, chamado George Floyd. A justiça dos EUA disse que Floyd não morreu por asfixia, como se supunha. Mas a forma como foi violentado pelo policial contribuiu para sua morte, já que o homem tinha problemas de saúde.

Com informações do Olhar Digital, Tecnoblog e Veja.

 

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