Não acredito que prospere o pedido de afastamento de Raimundo Colombo (PSD). Na verdade, os pedidos. Essa semana foram dois, um de integrantes do Fórum de Luta pela Defesa dos Servidores Públicos do Estado e outro do PSOL, os dois por conta da delação da JBS que envolve o nome do governador.
Outro já havia sido protocolado pelo próprio PSOL, por conta das delações da Odebrecht.
O impeachment é um processo político, mais que jurídico, é só ver o que aconteceu com a ex-presidente Dilma (PT). É preciso ter disposição da Presidência da Assembleia Legislativa para acatar o pedido e depois que os deputados concordem com as acusações.
Colombo sempre teve maioria folgada Assembleia. Além do seu partido, PMDB, PP e PSDB dão sustentação, além de ocuparem espaço no Governo. Não darão guarida a uma proposta do PSOL.
Além do mais, apesar das delações contra Colombo serem constrangedoras, ele tem alguns alíbis. Não há mala, dinheiro com chip e nem uma imagem comprometedora, pelo menos por enquanto.
Boa parte dos recursos – tanto da JBS como da Odebrecht – está declarada legalmente na Justiça Eleitoral.
E a Casan, interesse dos dois grandes grupos, não foi privatizada.
Não é questão de defender Raimundo Colombo.
Ele tem muita explicação para dar e terá que fazer isso para o seu eleitor. O estrago político é enorme para quem sonhava com voos mais altos.
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