Indaial tem experiência selecionada para apresentação na 2ª Mostra “Aqui tem SUS”

Foto: divulgação PMI

A Prefeitura de Indaial teve uma experiência selecionada para apresentar na 2ª Mostra Catarinense “Aqui tem SUS”. O trabalho refere-se ao “Relato de experiência sobre a implantação do Protocolo de Assistência ao Pré-Natal e Puerpério no Município de Indaial”. Ao todo 60 experiências exitosas no âmbito municipal do SUS foram pré-selecionadas para os dias 10, 11 e 12 de abril, durante o 70º Congresso de Secretarias Municipais de Saúde, em Piratuba. Dessas, 36 serão escolhidas vencedoras por uma comissão avaliadora.

No ano de 2013, a 15ª Gerência Regional de Saúde, que abrange a região do Médio Vale do Itajaí, composta por 14 municípios, criou o Grupo Condutor Regional da Rede Cegonha, com o objetivo de desenvolvimento e monitoramento dos itens preconizados pela Portaria nº 1.459/2011. Em 2014 deu-se início à construção coletiva de um Protocolo Regional de Assistência ao Pré-Natal do Médio Vale do Itajaí.

Em março de 2016 o Grupo Condutor Regional realizou a Oficina de Implantação do Protocolo Pré-Natal no Vale do Itajaí, na qual profissionais de saúde da região puderam participar de forma representativa. A partir daí cada município ficou responsável por adequar o Protocolo de acordo com as suas particularidades, bem como desenvolver as Oficinas Municipais.

Indaial realizou sua Oficina Municipal em 23 de novembro de 2016 com profissionais enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos clínicos das unidades, especialistas obstetras e enfermeiros do Hospital Beatriz Ramos – referência para parto no município, na qual foram abordadas o vídeo Rede Cegonha, atribuições dos profissionais UBS no pré-natal, abordagem do fluxo de atendimento, entre outros assuntos pertinentes.

Diante da necessidade de padronização dos fluxos e procedimentos necessários para uma atenção pré-natal e puerperal de qualidade e humanizada, a Secretaria de Saúde estabeleceu o Protocolo de Assistência no município de Indaial.

A fase de implementação seguiu-se entre novembro de 2016 e fevereiro de 2017 com o apoio matricial in loco nas unidades, através da Coordenação de Saúde da Mulher, na qual os profissionais de cada equipe receberam os instrumentos para registro dos atendimentos nos módulos eletrônicos (arquivos de texto contendo roteiros de anamnese, grupo de exames a serem solicitados por trimestre gestacional, grupo de medicamentos padronizados para prescrição), com a finalidade de serem inseridos no módulo do prontuário eletrônico para uso pelos profissionais médicos e enfermeiros nas consultas de pré-natal.

Paralelamente ocorreu a implantação do Plantão de Obstetrícia no Hospital de referência do município para os partos. Ele teve início em novembro de 2016, com atendimento de segunda a sexta, das 8h às 18h, para referência de urgências obstétricas. Da mesma forma, instituiu-se a consulta de rotina para gestantes na 36ª semana de idade gestacional com profissional obstetra do Plantão Obstétrico que realiza os atendimentos no Ambulatório do hospital de referência. Esse atendimento tem como um de seus objetivos vincular a gestante ao local e profissional que fará a assistência ao parto. Está inserido no Protocolo Municipal, e sua construção fez com que se estreitassem os laços da equipe de profissionais da Secretaria e do hospital de referência.

A gestante é captada o mais precocemente possível, preferencialmente antes de 12 semanas de gestação, pela equipe de saúde de referência do seu domicílio. As unidades de saúde dispõem de testes rápidos de gravidez, nos quais o resultado é conhecido em 15 minutos.

Durante o pré-natal, a gestante recebe atendimentos como avaliação de rotina odontológica; atualização da situação vacinal; rastreio de câncer de colo de útero com a coleta de exame preventivo; testagem rápida de exames de HIV, Hepatites B e C e Sífilis; atividades educativas coletivas sobre temas pré-natal, parto e puerpério; exames de rotina; consultas médica e de enfermagem.

Dentre os fluxos estabelecidos no Protocolo de Assistência de Indaial está a avaliação de rotina que todas as mulheres fazem por volta da 36ª semana de gestação no Serviço de Obstetrícia do Plantão Obstétrico no HBR, referenciadas através da unidade de saúde em que é realizado o pré-natal. Essa avaliação tem o objetivo de melhorar o vínculo da gestante com o local de realização do parto.

Outro fluxo estabelecido pelo Protocolo é o de referência das gestantes classificadas com risco gestacional pelo médico da unidade de saúde onde se realiza o pré-natal para o Ambulatório de Pré-natal de Alto Risco (PNAR), cuja referência para a região é o Hospital Santo Antônio, de Blumenau. As consultas PNAR são agendadas por intermédio da Central de Regulação da Secretaria de Saúde de Blumenau.

Cerca de 200 profissionais estão envolvidos no atendimento ao pré-natal, parto e puerpério no Município, entre eles: agentes comunitários de saúde, técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos de família, radiologistas, médicos obstetras, odontólogos, técnicos de saúde bucal, assistentes administrativos, nutricionistas, fonoaudiólogos, educadores físicos, psicólogos, assistente social, estagiários, etc.

Após a implantação do Protocolo Municipal, no fim de 2016, as consultas de pré-natal aumentaram 85%, passando de 2.277 em 2016 para 4.228 em 2017. Em relação à realização de testes rápidos para: detecção de HIV na gestante e/ou parceiro, gravidez; Sífilis na gestante ou parceiro, Hepatite C e infecção pelo HBV, esses números cresceram 68%, passando de 3.323 em 2016 para 5.607 no ano de 2017.

Fonte: Comunicação PMI

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*