A indústria respondeu por quase metade dos empregos criados em Santa Catarina no primeiro semestre de 2024. O setor registrou 47,1 mil das 95,4 mil vagas, que representaram o recorde histórico para o estado desde o início da série histórica em 2004. Os dados referentes ao intervalo entre janeiro e junho são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck, explica que a cadeia industrial impulsiona a geração de empregos também em outros setores. “A indústria é um motor, é uma engrenagem que beneficia as demais e nós chegamos a aproximadamente 50% dos empregos gerados nesse setor. Com o que você gera numa indústria, você faz funcionar as engrenagens em torno da logística, do comércio, do serviço de um modo geral também, tudo isso é beneficiado”, observa.
Para o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, o desempenho mostra a pujança da indústria catarinense, que tem sido responsável por liderar o desenvolvimento no estado. “O emprego industrial é o verdadeiro motor da economia do estado, e puxa com ele a geração de postos de trabalho no comércio e em serviços”, explica.
De acordo com o economista Marcelo de Albuquerque, do Observatório Fiesc, Santa Catarina tem uma particularidade que contribuiu com o número expressivo. “A gente identifica que o estado tem uma das maiores competitividades industriais, tendo como característica a grande integração produtiva com outros países. Eu acho que o principal ponto é que Santa Catarina tem uma grande diversidade produtiva e que também se caracteriza com a diversidade regional, então nós temos aí Norte, Sul com grandes indústrias, como também Leste e Oeste. Isso ajuda bastante nesse cenário favorável para Santa Catarina”, pontua Albuquerque.
Incentivos
A geração de emprego e renda está diretamente ligada à política de atração de investimentos que vem sendo implementada pelo Governo de Santa Catarina. Com incentivos fiscais concedidos aos empreendedores que escolhem o estado para se instalar ou mesmo para expandir seus negócios, a administração estadual abre caminho para a criação de novos postos de trabalho e movimenta a economia, o que tem impacto direto na arrecadação de impostos.
Somente no primeiro semestre de 2024, o governador Jorginho Mello aprovou a inclusão de 66 novos projetos em programas estaduais de incentivo ao setor produtivo catarinense, fortalecendo a competitividade da indústria. As 60 empresas contempladas com os benefícios se comprometeram a investir R$ 3,4 bilhões e gerar 5,9 mil novos empregos em SC – o número de vagas sobe para 15,6 mil quando somados os empregos indiretos.
Os benefícios concedidos pelo Governo do Estado vão da postergação do pagamento de ICMS (Prodec) à desoneração do imposto na aquisição de bens, mercadorias e serviços (Pró-Emprego). Já o TTD 489 diz respeito à autorização de limites adicionais para transferência de créditos, sendo condicionado a investimentos em projetos de expansão de atividades ou à criação de novos negócios.
“A orientação do governador Jorginho Mello é que a gente leve para as empresas catarinenses, para micro, pequena empresa os programas que o Estado tem. Não é para ficar na gaveta, é levar tudo em benefício das empresas que movimentam a nossa economia, que geram nossa receita e emprego. E vale lembrar que o nosso governador foi o único que não aumentou o imposto que não aumentou o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços”, finalizou Silvio Dreveck.
Fonte: ACN
Estado onde a bandeira é verde e amarela….
Sim, é um dado para se comemorar, mas esse dado assim, sozinho, pode esconder coisas terríveis. A complexidade do mercado de trabalho é muito maior do que esse número sozinho por isso sempre vejo com ressalvas tais notícias. Um exemplo, talvez hipotético ou não, pois a noticia não mostra, teríamos 1.000.000 de empregados registrados. Demitimos 200.000 que tinham uma média salarial de 3.000 reais. Contratamos 247.000 novos empregados, então temos um recorde de 47.000 novos empregos, mas estamos pagando agora 2500 reais pra cada. Recorde mantido, comemorado, viva o governo, renda menor, mais trabalho informal, mais precariedade.
Outra questão é o INCENTIVO do governo. Já está claro para todos que incentivos fiscais nunca em lugar algum se traduziram em melhorias para a criação de empregos, nem mesmo a manutenção deles. É um filme velho e eleitoreiro.