A IBM e o Instituto do Câncer do Ceará (ICC) firmaram parceria para inserir o uso da inteligência artificial (IA) em tratamentos oncológicos e a tomada de decisões clínicas no Brasil. Além disso, os médicos do ICC apresentaram dois estudos na ASCO, reunião anual da American Society of Clinical Oncology, que ressaltam o impacto da tecnologia no tratamento do câncer.
Primeira instituição a utilizar o modelo de Linha de Cuidado, o ICC potencializa a aplicação da Inteligência Artificial com a validação da tomada de decisão terapêutica por parte das equipes de saúde da instituição. Nos últimos 18 meses, o ICC utilizou o Watson for Oncology para suportar o tratamento de cerca de 300 pacientes por mês, ajudando a apresentar um tratamento mais assertivo para a população do sistema público de saúde de acordo com as melhores propostas terapêuticas globais e com a chancela do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, instituição referência mundial no tratamento do câncer e que treina a solução Watson for Oncology, da IBM.
As pesquisas, por sua vez, trazem a avaliação da aceitação médica relativa ao uso da IA, tendo como amostragem o Corpo Clínico do ICC, e a aplicação da Inteligência Artificial para o tratamento de Câncer de Próstata, trazendo resultados animadores.
Inteligência artificial como aliada
No primeiro estudo, realizado com 48 pacientes com câncer de próstata, foi avaliada a terapêutica dos pacientes realizada pelo ICC e as sugestões de tratamento do Watson for Oncology (WfO) no processo de tomada de decisão compartilhada. A concordância total ou parcial entre o Watson for Oncology e decisões compartilhadas de tratamento foi observada na maioria dos pacientes.
Além disso, outra pesquisa revelou altos níveis de satisfação dos médicos com o Watson for Ancology, com a maioria concordando que a ferramenta é fácil de entender e fornece informações completas, relevantes e acionáveis em um momento apropriado, com 71,4% dos participantes expressando afirmações positivas.
Adequação a cada paciente
O modelo criado pelo ICC, chamado de “linha de cuidado”, coloca o paciente oncológico no centro da assistência, que é acompanhado a partir de uma visão integral e personalizada. Para isso, é necessária a integração entre médicos e equipe multiprofissional com o suporte da tecnologia para validar e reforçar o caminho terapêutico que será seguido, paciente por paciente.
“Como mostra a experiência do ICC, nossa tecnologia está melhorando a maneira como os médicos escolhem tratar o câncer no mundo real”, disse Fabio Mattoso, líder de Watson Health da IBM no Brasil. “Em meio à explosão de informações valiosas na área de saúde globalmente, a IA é uma tecnologia poderosa para lidar com os grandes dados da literatura médica e para ajudar a aumentar o poder dos profissionais de tomar decisões baseadas em evidências”.
Fonte: CanalTech
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