A expressão “isso é democracia” foi feita pelo experiente Mário Mota, ao encerrar a entrevista desta terça-feira com Ângelo Castro, do PCO, Partido da Causa Operária, no Jornal do Almoço. O tradicional programa do grupo NSC está entrevistando os seis candidatos melhor colocados na pesquisa encomenda pelo próprio grupo, junto ao Ibope.
Com todo respeito ao Mário, isso não é democracia e sim revela mais uma face da distorção do sistema eleitoral brasileiro. Como pode Ângelo Castro ser candidato a algo, ainda mais a governador de Santa Catarina?
Sem preparo e sem programa de governo, o candidato limitou-se a defender a liberdade do ex-presidente Lula e criticar o que considera golpe e criticar o capitalismo. Promete estatizar tudo. Mário Motta e Laine Valgas até tentaram perguntar sobre educação, segurança e economia, mas o candidato não respondeu.
Já vivi isso como jornalista, aqui em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Quem não lembra do “Latinha”, candidato a prefeito em Blumenau?
O PCO conta com apenas com 27 filiados em Santa Catarina. Aí já poderia começar uma mudança, deveria ter um número mínimo de filiados para a existência de um partido e garantir a participação do mesmo no processo eleitoral.
São 35 partidos no Brasil. Um exagero.
Até quando vamos ter que conviver com isso?
Diga-se de passagem, a NSC TV foi vítima de seu próprio veneno. Pela legislação, não precisaria abrir o mesmo espaço – 20 minutos – que está abrindo para os candidatos que tem representatividade no Congresso Nacional. Mas optou por adotar como critério a pesquisa realizada em agosto, quando Ângelo Castro apareceu com inacreditáveis 4%.
Confira a lamentável entrevista do candidato do PCO neste link.
A entrevista foi uma piada , sequer sabe falar , imagina completar uma frase .