O único vereador do partido, suplente de deputado estadual e pré-candidato a prefeito, ameaça desembarcar do PDT. Ivan Naatz fala com todas as palavras que deve deixar a sigla e promete confirmar a decisão e anunciar o novo destino até o dia 9 próximo, portanto daqui uma semana.
“Não estou sendo bem tratado no partido”, afirmou Naatz em conversa na noite desta quarta-feira. Garante ter recebido convite de várias siglas, entre elas, o PSD ( feito pelo próprio JPK), do PSB ( partido de Mário Hildebrandt, convite teria partido de Paulinho Bornhausen) e do DEM ( Paulo Gouvêa).
O vereador está de olho nos prazos da janela eleitoral para trocar de partido, 18 de março, daqui duas semanas. Percebe que não conseguirá impor uma candidatura a prefeito.
A gota d’água na relação com o PDT deu-se na segunda-feira, 29. A Executiva Estadual prorrogou por mais 90 dias a permanência de Roberto da Luz como presidente da Comissão Provisória Municipal. O advogado é um dos “históricos” do PDT de Blumenau. Vira e mexe está no comando do partido. Também coloca seu nome como candidato do partido a prefeito de Blumenau.
Ivan Naatz não cansa de falar que não se submete a partidos e grupos. Roberto da Luz é o oposto. É o formiguinha, que trabalha organicamente.
Os dois tem suas razões.
E apostam suas fichas nesta reta final dos prazos, com o acompanhamento dos caciques e dirigentes estaduais, no caso o presidente, deputado Rodrigo Minotto, e Manoel Dias. Eles acompanham a distância, mas de olho nas repercussões estaduais e, as vezes, nacionais.
A eventual saída de Ivan Naatz tem duas análises: respeita-se a construção partidária local ou preserva-se o primeiro suplente de deputado estadual e único pré-candidato a prefeito com alguma densidade eleitoral.
A unidade ou o cacife eleitoral?
Pelo que entendi da conversa que tive com os dois, uma reaproximação será improvável.
Ivan Naatz e Roberto da Luz estão com problemas. Cada um com os seus.
É fácil chegar a uma conclusão neste caso:
Um pula de galho em galho, de “boca em boca”!
O outro, é fiel aos princípios e ao partido.
Deveríamos avaliar os políticos, na minha visão, sobre a segunda opção.
Se tratasse bem o partido e seres humanos que o integram, com certeza seria bem tratado também, afinal se recebe o que se propaga.