Lava Jato em Blumenau: Porque as acusações contra Napoleão e Dalirio são mais graves

Enquanto o deputado federal Décio Lima e a deputada estadual Ana Paula Lima (do PT) são acusados de caixa dois, o senador Dalirio Beber e o prefeito Napoleão Bernardes  (ambos do PSDB) responderão por corrupção ativa e corrupção passiva, com suspeita de lavagem de dinheiro.

Os dois são crimes, mas não dá para comparar. O prefeito é citado por ter supostamente beneficiado a Odebrecht Ambiental na renegociação do contrato em 2014, uma tecla muito batida pelo ex-vereador Ivan Naatz (PDT).

Os três candidatos a prefeito de Blumenau em 2012 foram agraciados com R$ 500 mil cada da Odebrecht Ambiental. A empreiteira investiu R$ 1, 5 milhão apostando em todos candidatos. Quem ganhasse receberia a fatura.

Com toda sinceridade, não sei dizer se a renegociação foi boa ou ruim para o Município, prometo me inteirar. Mas desde o começo da concessão, ao final do primeiro mandato de João Paulo Kleinübing (PSD), o negócio cheirou mal. E não por causa do esgoto.

A denúncia indica que a empreiteira teria sido beneficiada e por isso a acusação é mais grave. Lembrando sempre que, por enquanto, houve  apenas o pedido de abertura de inquérito, para mais investigações e decisão judicial.

No caso de Jean Kuhlmann, ainda não se tem claro a denúncia contra ele, mas deve ser na mesma linha de que a deputada Ana Paula Lima, caixa dois. O Alemão (codinome dado a Kuhlmann na delação) não se elegeu e portanto não tem que responder como administrador.