Macaco Bugio é encontrado morto em Gaspar

Foto: ilustrativa/reprodução

A Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, informa que um macaco da espécie Bugio foi encontrado morto em região de mata fechada do bairro Belchior Alto. A Prefeitura de Gaspar reforça que a causa do morte do animal ainda não foi confirmada e que ele foi recolhido para as devidas análises.

A diretora geral de vigilâncias em saúde Jicéli Petró conta que o morador da região, que encontrou o macaco já no sábado, dia 25, entrou em contato com profissionais da saúde na segunda-feira, dia 27. “Ele procurou a unidade de saúde para se vacinar contra a febre amarela e foi então que contou para as enfermeiras que viu o animal”, explica.

A coleta do corpo animal foi feita na manhã desta terça-feira, dia 28, pela médica veterinária da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc com o auxílio da Vigilância Epidemiológica de Gaspar.

Exames com material coletado do animal serão realizados pelo Laboratório FioCruz, do Paraná e mostrarão se o primata estava infectado com o vírus da febre amarela.

A Secretaria de Saúde, por meio da Diretoria de Vigilâncias em Saúde, está tomando todas as medidas cabíveis para garantir que não haja riscos aos moradores da localidade. A unidade de saúde e a Vigilância Epidemiológica foi até as casas dos moradores que residem perto do local em que o bugio foi encontrado para averiguar a caderneta de vacinas e, se necessário, aplicar a vacina contra a Febre Amarela. “É importante ressaltar que todas as ações são preventivas e que ainda não está confirmada a infecção do animal. De qualquer forma, reforçamos que a vacina é o único método de prevenção contra a doença”, esclarece Jicéli.

Ao encontrar um macaco morto ou doente, a Vigilância Epidemiológica orienta a entrar em contato imediatamente através do telefone 3703-3774. Um número de telefone será providenciado para avisos durante os finais de semana e feriados.

É importante lembrar que os macacos não transmitem a febre amarela, eles são vítimas da doença, assim como os humanos. A febre amarela é transmitida apenas pela picada do mosquito infectado. Matar macacos é crime ambiental e prejudica o controle da doença, já que ao contraírem o vírus, servem de alerta para a presença da doença no local.

Febre Amarela em Santa Catarina

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina – Dive, até o dia 21 de janeiro, o estado já registrava mais de 60 mortes de macacos com suspeita de febre amarela. No último ano, foram notificadas, 353 mortes de macacos em 77 municípios. Dessas, seis tiveram a causa da morte confirmada por febre amarela.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC) também confirma o primeiro caso de febre amarela em humano neste ano. O paciente está internado no Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, unidade referência de infectologia em Santa Catarina. O Laboratório Central de Saúde Pública confirmou o diagnóstico para a doença na última sexta-feira, dia 24.

O homem de 47 anos é morador do município de São Bento do Sul, Planalto Norte, e não tem registro de vacina no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações.

Ministério da Saúde determina reforço na vacinação aos quatro anos

Em dezembro de 2019, o Ministério da Saúde atualizou as indicações de vacina de febre amarela no Calendário Nacional de Vacinação. Agora o esquema básico prevê uma dose de reforço para crianças de quatro anos de idade de todo o Brasil, além da dose de proteção que já era prevista aos nove meses. A dose de reforço também objetiva imunizar pessoas que não se lembram se já estão imunizadas, independentemente da idade. A mudança passou a valer a partir de janeiro deste ano.

Vacina

É importante salientar que se a pessoa tiver recebido uma dose da vacina antes de completar cinco anos de idade, está indicada a dose de reforço, independentemente da idade. Pessoas com mais de 60 anos devem consultar um médico antes de se imunizar. A dose está disponível gratuitamente, durante todo o ano, em todas as salas de vacinação do município, que atendem diariamente das 8h às 12h, e das 13h às 16h.

  • ESF Figueira (Rua Rio Negrinho, s/n, Figueira)

  • ESF Bela Vista (Rua Adriano Kormann, 700, Térreo, Bela Vista)

  • ESF Coloninha (Prefeito Leopoldo Schramm, 250, Coloninha)

  • ESF Centro (Rua Augusto Beduschi, 130, Centro)

  • ESF Gaspar Grande (Rua José Anastácio da Silva, s/n, Gaspar Grande)

  • ESF Sete de Setembro (Rua Arnoldo Bernardino de Souza, 75, Sete de Setembro)

  • ESF Santa Terezinha (Rua Jacob Junkes, s/n, Santa Terezinha)

  • ESF Barracão (Rua João Barbieri, 143, Barracão)

  • ESF Belchior (Rua Germano Tillmann, 100, Belchior)

  • ESF Waltrudes Bósio (Margem Esquerda I) (Rua Pedro Simon, s/n, Margem Esquerda)

  • ESF Margem Esquerda II (Rua Projetada 04 do Loteamento Jardim das Arábias, 136, acesso pela Rua Rodolfo Muller, Margem Esquerda)

  • ESF Vereador José Bonetti “Nino” (Gasparinho Quadro) Rua Fênix, 130, Gasparinho

  • ESF Poço Grande (Rua Renato Manoel Peixoto, s/nº, Poço Grande)

O que é a Febre Amarela?

É uma doença infecciosa febril aguda, que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. Em ambiente silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus, e os macacos são os principais hospedeiros. Os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada entra em contato ou mora próximo às matas e é picada por um mosquito contaminado. No ciclo urbano, o vírus é transmitido ao homem pelos mosquitos Aedes aegypti.

Quais os sintomas da Febre Amarela?

Os sintomas iniciais incluem: febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver: febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem a doença na forma grave podem morrer. Vale chamar a atenção para o fato de que a febre amarela pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente.

Vacine-se!

Mais informações: Secretaria de Saúde – 3703.3700.

Fonte: Comunicação PMG

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