Neste ano muito se falou na possibilidade do Metropolitano fechar as portas provisoriamente. As dificuldades econômicas e um calendário incerto dificultam a vida de equipes pequenas como o time de Blumenau. Quem está na direção é obrigado a tirar dinheiro do bolso. As contas não fecham e não tem como.
Hoje o colega e amigo Emerson Luis trouxe uma notícia em primeira mão no Jornal do Meio Dia da RICTV Record que é uma verdadeira bomba. O Metropolitano não vai disputar o campeonato catarinense de 2016 em Blumenau. Ou seja, o que já estava difícil vai piorar. Por contas de obras na pista de corrida do Complexo do Sesi, a equipe vai mandar seus jogos em Jaraguá do Sul ou Itajaí.
Lembrando que o complexo é do Sesi e lá o futebol não é o foco. São várias modalidades praticadas e incentivadas no local.
Como fazer um planejamento para o ano todo? Como cativar uma cidade sem jogar nela? Como formar uma torcida sem arquibancadas para recebê-la? Como fazer frente a times que disputam a primeira ou a segunda divisão nacional? Hoje, literalmente a equipe joga para cumprir tabela, sonhando com o improvável. No futebol ele eventualmente acontece, mas não surge do nada e vem alicerçado em base mais sólida.
Considero os caras que estão na linha de frente do Metropolitano uns abnegados. Com uma dose grande de frustração. Tem que tirar o chapéu para eles.
Sim, o problema do Metropolitano mais uma vez é a falta de um estádio próprio. Agora, nada de oportunismo político. A bandeira deve ser levantada, mas não esperem do Poder Público aquilo que ele não deve dar no contexto de pires na mão que vivemos. Recentemente a Câmara de Vereadores iria fazer uma audiência pública para debater o tema, cancelada pela forte chuva dos últimos dias. Bacana, mas a audiência precisa ser propositiva e não ficar cobrando a Prefeitura, cujas prioridades são outras e muitas.
Um imbróglio, sem muitas perspectivas. Não é fácil fazer futebol no país e em Blumenau é quase uma missão impossível.
Fica a pergunta. Vale a pena ?
Não tenho opinião formada, mas alguns exemplos me passam pela cabeça.
Quem diria que um dia o tradicional e lendário River Plate da Argentina iria jogar e perder para a Chapecoense lá em Chapecó pelas quartas-de-final de uma competição sul-americana.
Seria interessante perguntar a população de Chapecó se agora ela é contra a construção do Indio Condá.
É fato que a Chapecoense está numa acensão meteórica. Só precisou de um empurrão.
A sim, o Estádio Indio Condá é de prefeitura.