Ministério Público na URB

Não houve pé na porta, policiais fortemente armados, nada disto. Mas nas redes sociais, a notícia que corre é que agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) estiveram hoje a tarde na Companhia Urbanizadora de Blumenau, em mais um desdobramento da Operação Tapete Negro.

O que aconteceu foi uma ação de rotina do Promotor da Vara da Moralidade Pública, Gustavo Merelles, que acompanhado de uma assistente,  foi na sede da URB buscar informações pendentes de ofícios já solicitados e analisar outras questões da ação que está sob responsabilidade dele, além de ver de perto os procedimentos adotados hoje lá dentro.  “Rotina, nada demais. Não há fato novo”, respondeu o promotor durante a conversa que tivemos.

A mesma informação foi prestada pelo Emerson Antunes, presidente da Urbanizadora, que recebeu a visita dos representantes do Ministério Público ao lado do diretor jurídico da empresa.

Você lembra. A Operação Tapete Negro foi deflagrada no fim de 2012, logo depois da eleição municipal. Foram expedidos mandados de busca e apreensão na própria companhia,  em secretarias municipais, empresas e em residência. A suspeita é de desvio de recursos públicos em contratos de pavimentação na cidade na gestão do ex-prefeito João Paulo Kleinübing (PSD). Quase três anos depois, pouco avançou. Como os processos correm em segredo de justiça, não sabemos nem quem são os denunciados.

O únicos atingidos, que não tem relação direta com a Operação Tapete Negro, foram os vereadores Fábio Fieldler e Robinho ( PSD) e Célio Dias (PR), flagrados durante a investigação em telefonemas que davam a entender a conotação de crimes eleitorais.  Os dois primeiros foram condenados pela Justiça de 1º Grau e no Tribunal de Justiça, mas  os ministros do TSE entenderam que eles não tiveram um julgamento adequado e mandaram começar tudo de novo. Foram cassados, mas conseguiram voltar.  Já Célio Dias conseguiu escapar da cassação no processo em Florianópolis.