O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga esteve nesta sexta-feira, 30, em Blumenau para conhecer o modelo de enfrentamento à pandemia que garante à cidade a menor taxa de letalidade do país entre os municípios com mais de 100 mil habitantes. O convite foi feito no início do mês de julho, por intermédio da deputada federal Angela Amin, quando o prefeito Mário Hildebrandt cumpria agenda em Brasília.
Além do ministro Queiroga, integraram a comitiva oficial, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara Parente, a chefe de gabinete da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, Inez Gadelha e o senador Jorginho Mello. O senador Esperidião Amin e as deputadas federais Angela Amin e Carmem Zanotto também participaram do roteiro.
Acompanhado de Hildebrandt e da vice-prefeita e coordenadora da Comissão de Vacinação contra a Covid-19, Maria Regina Soar, o Queiroga conheceu a Central de Vacinação instalada no setor 3 do Parque Vila Germânica. No local, o ministro – que é médico – aplicou a vacina em dois usuários que tinham a primeira dose agendada dentro do público por faixa etária, acima dos 33 anos.
Na seqüência, o grupo seguiu até o Setor 1, para conhecer o Ambulatório Referência para Casos Suspeitos de Coronavírus, local onde é feito o acolhimento, consulta médica e testagem de pacientes. Impressionado com a estrutura de atendimento, Queiroga afirmou que Blumenau deveria servir de modelo para outros municípios na gestão da pandemia: “O atendimento que vimos em Blumenau é uma coisa sensacional, temos poucos pacientes com síndromes gripais e isso é fruto das estratégias que vem sendo colocadas em prática na cidade. Esse trabalho aliado à ampliação da vacinação feita pelo Governo Federal, com esse agendamento e busca ativa da forma que a Prefeitura realiza aqui no dá a certeza de que estamos avançando”, afirmou.
No início da tarde, a comitiva esteve nas obras do Centro de Alta Complexidade da Renal Vida e no Hospital Santa Isabel, referencia em transplantes. A agenda encerrou com visita ao Hospital Santo Antônio, referencia em Obstetrícia e Pediatria. No local, Queiroga assinou a portaria habilitando o Centro de Atendimento de Urgência aos Pacientes com AVC Tipo III para o Hospital Regional do Oeste, em Chapecó e a Portaria de habilitação da Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) com Serviço de Radioterapia, Hematologia e Oncologia Pediátrica para o próprio Hospital Santo Antônio.
Hildebrandt exaltou a visita e a importância da integração nos trabalhos executados, especialmente no enfrentamento à pandemia: “Há anos Blumenau não recebia a visita de um ministro da Saúde e nos sentimos muito felizes com a vinda do Dr. Marcelo Queiroga e sua equipe. Essa aproximação do Governo Federal com os municípios é fundamental para que conheçam pessoalmente o que está sendo executado no combate à pandemia e também para que vejam às necessidades que a cidade e a população tem. A vinda de Queiroga e da equipe do Ministério da Saúde nos dá ainda mais certeza de que estamos no caminho certo e de que a nossa decisão, de sempre colocar a vida das pessoas como prioridade, é a nossa melhor escolha”, ressaltou.
Referência Nacional no combate à pandemia
Em março, o portal da Revista Exame divulgou um ranking das 100 maiores cidades do país com o menor índice de mortes pela Covid-19, elaborado pela consultoria Macroplan. Blumenau segue como a cidade com a menor taxa de letalidade do país em municípios com mais de 100 mil habitantes. A cidade também tem a menor taxa de mortalidade de Santa Catarina e uma das maiores taxas de recuperação do Estado, com 98% das pessoas infectadas que passaram pelo período de isolamento e são consideradas recuperadas.
Desde o começo da pandemia, o município vem atuando com planejamento e gestão apoiada em evidências, com suporte de equipe técnica de profissionais da área da saúde. O trabalho inclui testagem, rastreamento e isolamento dos casos positivos, além da prescrição de medicação de acordo com avaliação médica individualizada.
Além disso, a Prefeitura trabalhou em parceria com os hospitais da cidade para investir na ampliação de leitos, tanto de enfermaria quanto de Unidades de Terapia Intensiva, as UTIs. Desde o começo da pandemia o município aumentou de 43 para 94 leitos de UTI, sendo 66 leitos ativos e outros 28 leitos ativados conforme demanda, os chamados leitos de guerra.
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